Na hora da assistência
“Mas quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, coxos e
cegos.”
Jesus (Lucas, 14: 13)
“Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes.”
(cap. 13, Item 9)
Nas obras de assistência aos irmãos
que nos felicitam com as oportunidades do serviço fraterno, em nome do Senhor,
vale salientar a autoridade amorosa do Cristo que no-los recomendou.
Ao recebê-los à porta, intentemos
ofertar-lhes algumas frases de conforto e bom ânimo, sem ferir-lhes o coração,
ainda mesmo quando não lhes possamos ser úteis.
Visitando lhes o lar, diligenciemos
respirar-lhes o ambiente doméstico, afetuosamente, reconhecendo-nos, na
intimidade da própria família, que nos merece respeito natural e cooperação
espontânea, sem tragos de censura.
Em lhes servindo à mesa, fujamos de
reprovar-lhes os modos ou expressões, diferentes dos nossos, calando apontamentos
deselegantes e manifestações de azedume, o que lhes agravaria a subalternidade
e a desventura.
Socorrendo-lhes o corpo enfermo ou
dolorido, reflitamos nos seres que nos são particularmente amados e imaginemos
a gratidão de que seríamos possuídos, diante daqueles que os amparassem nos
constrangimentos orgânicos.
Se aceitamos a incumbência de prova-los
nas filas organizadas para a distribuição de favores diminutos, preservemos o
regulamento estabelecido, com lhaneza e bondade, sem fomentar impaciência ou
tumulto; e, se alguns deles, depois de atendidos, voltarem a nova solicitação,
recordemos os filhos queridos, quando nos pedem repetição do prato, e
procuremos satisfazê-los, dentro das possibilidades em mão, sem desmerece-los com
qualquer reprimenda.
Na ocasião em que estivermos
reunidos, em equipes de trabalho, a fim de supri-los, estejamos de bom humor, resguardando
a disciplina sem intolerância e cultivando a generosidade sem relaxamento, na
convicção de que, usando a gentileza, no veiculo da ordem, é sempre possível situar
os tarefeiros do bem, no lugar próprio, sem desperdiçar-lhes o concurso
valioso.
Nós que sabemos acatar com apreço e
solicitude a todos os representantes dos poderes transitórios do mundo e que
treinamos boas maneiras para comportamento digno nos salões aristocráticos da
Terra, saibamos também ser afáveis e amigos, junto dos nossos companheiros em
dificuldades maiores.
Eles não são apenas nossos irmãos.
São convidados de Cristo, em nossa casa, pelos quais encontramos ensejo de
demonstrar carinho e consideração para com Ele o Divino Mestre, em pequeninos,
gestos de amor.
CONTINUA AMANHÃ
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