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É A SANTIFICAÇÃO
“Santifica-os na verdade.” -
Jesus (João, 17:17.)
Não podemos esquecer que, em se
dirigindo ao Pai, nos derradeiros momentos do apostolado, rogou-lhe Jesus santificasse
os discípulos que ficariam no plano carnal.
É significativo observar que o
Mestre não pediu regalias e facilidades para os continuadores. Não recomendou
ao Senhor Supremo situasse os amigos em palácios encantados do prazer, nem os
ilhasse em privilégios particularistas. Ao invés disso, suplicou ao Pai para
que os santificasse na condição humana.
É compreensível, portanto, que os
discípulos sinceros recebam da Providência maior quinhão de elementos purificadores
em trabalhos e testemunhos benéficos. Na Terra, quase sempre, o dever e a
responsabilidade parecem esmagá-los, no entanto, a palavra do Evangelho é
bastante clara no terreno das conquistas eternas.
Não nos referimos a recompensas
banais de periferia.
Destacamos o engrandecimento
espiritual, a iluminação divina e a perfeição redentora, inacessíveis ainda ao
entendimento comum.
Em verdade, o Senhor anunciou
sacrifícios e sofrimentos aos seguidores, acentuando, porém, que os não
deixaria órfãos.
Seriam convocados a interrogatórios
humilhantes, contudo, não lhes faltaria a Sublime Inspiração.
Seguiriam atribulados, mas não
angustiados; perseguidos, mas nunca desamparados.
Receberiam golpes e decepções, mas
não lhes seriam negados a esperança e o reconforto.
Suportariam a incompreensão humana,
todavia, os desígnios superiores agiriam em favor deles.
Sofreriam flagelações no mundo, no
entanto, suas dores abasteceriam os celeiros da graça e da consolação para os
aflitos.
Muita vez, participariam dos
últimos lugares, entre as criaturas terrestres, para serem dos primeiros na cooperação
com o Divino Trabalhador.
Seriam detidos nos cárceres, mas
disporiam da presença dos anjos sob cânticos de glorificação.
Carregariam cicatrizes por sinais
celestes.
Tolerariam sarcasmos em honroso
serviço à Verdade.
Perseguidos e torturados,
representariam as cartas palpitantes do Cristo à Humanidade.
Servos sofredores e humilhados no
campo carnal, marchariam assinalados por luz imperecível.
Escalariam calvários de dor,
suportando cruzes, encontrando, porém, a ressurreição, coroados de glória.
Efetivamente, pois, os colaboradores
do Evangelho são, de modo geral, anônimos e desprezados nas esferas convencionalistas
da Terra; todavia, para eles, repete o Mestre, em todos os tempos, as sublimes
palavras: “Sois meus amigos porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a
conhecer.”
CONTINUA AMANHÃ
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