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AMIZADE E COMPREENSÃO
“Com leite vos criei, e não
com manjar, porque ainda não podíeis, nem ainda agora podeis.” - Paulo. (I Coríntios,
3:2.)
Muitos companheiros de luta exigem
cooperadores esclarecidos para as tarefas que lhes dizem respeito, amigos valiosos
que lhes entendam os propósitos e valorizem os trabalhos, esquecidos de que as
afeições, quanto as plantas, reclamam cultivo adequado.
Compreensão não se improvisa. É
obra de tempo, colaboração, harmonia.
O próprio Cristo, primeiramente,
semeou o ideal divino no coração dos continuadores, antes de recolher-lhes o entendimento.
Sofreu-lhes as negações, tolerou-lhes as fraquezas e desculpou-lhes as
exigências para formar, por fim, o colégio apostólico.
Nesse particular, Paulo de Tarso
fornece-nos judiciosa lição, declarando aos Coríntios que os criara “com
leite”. Tão pequena afirmativa transborda sabedoria vastíssima. O apóstolo
generoso, gigante no conhecimento e na fé viva, edificara os companheiros de
sua missão evangélica em Corinto, não com o alimento complexo das teses
difíceis, mas com os ensinamentos simples da verdade e as puras demonstrações
de amor em Cristo Jesus. Não lhes conquistara a confiança e a estima exibindo
cultura ou impondo princípios, mas, sim, orando e servindo, trabalhando e
amando.
Existe uma ciência de cultivar a
amizade e construir o entendimento. Como acontece ao trigo, no campo espiritual
do amor, não será possível colher sem semear.
Examina, pois, diariamente, a tua
lavoura afetiva. Observa se estás exigindo flores prematuras ou frutos antecipados.
Não te esqueças da atenção, do adubo, do irrigador. Coloca-te na posição da
planta em jardim alheio e, reparando os cuidados que exiges, não desdenhes
resgatar as tuas dívidas de amor para com os outros.
Imita o lavrador prudente e
devotado, se desejas atingir a colheita de grandes e precisos resultados.
CONTINUA AMANHÃ
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