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PARA ISTO
“Porque para isto sois
chamados; pois também o Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo.” -
Pedro. (I Pedro, 2:21.)
Elevada percentagem de crentes
considera-se imune de todos os sofrimentos, porque, no conceito de grande parte
daqueles que aceitam a fé cristã, entregar-se às fórmulas religiosas é
subtrair-se à luta, candidatando-se à beatitude imperturbável.
Na apreciação de muita gente, os
que oram não deveriam conhecer a dor.
O socorro divino assemelhar-se-ia à
proteção de um monarca terrestre, doador de favores segundo as bajulações
recebidas.
A situação do aprendiz de Jesus é,
todavia, muito diversa.
Os títulos do Cristo não são os da
inatividade, com isenção de responsabilidade e esforço.
Todos os chamados ao trabalho
evangélico não podem esquecer as necessidades do serviço.
O Mestre, naturalmente, precisa
companheiros que nEle confiem, mas não prescindirá dos que se revelem colaboradores
fiéis de sua obra.
Seria justo postar-se
indefinidamente o devedor, ante a generosidade do credor, confiando sempre, sem
o mínimo sinal de solução ao débito adquirido?
Não somente os homens vivem na lei
de permuta.
As Forças Divinas baseiam a
movimentação do bem no mesmo princípio.
O Mestre Celestial ensina a todos,
em verdade, as sublimes lições da vida; entretanto, não é razoável que todos os
séculos assinalem nos bancos escolares da experiência humana os mesmos alunos
preguiçosos e inquietos.
É indispensável que as turmas de
bons obreiros se dirijam às zonas de serviço, preparados para os testemunhos
dos ensinamentos recebidos.
Simão Pedro sintetiza o trabalho
dos cristãos de maneira magistral.
Sois chamados para isto - assevera
o apóstolo.
A afirmativa simples indica que os
discípulos leais foram convocados a sofrer pelo bem.
CONTINUA AMANHÃ
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