CONTINUAÇÃO
62
RESISTÊNCIA AO MAL
“Eu, porém, vos digo que não
resistais ao mal.” - Jesus. (Mateus, 5:39.)
Os expoentes da má-fé costumam
interpretar falsamente as palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal.
Não determinava Jesus que os
aprendizes se entregassem, inermes, às correntes destruidoras.
Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse
violência por violência.
Enfrentar a crueldade com armas
semelhantes seria perpetuar o ódio e a desregrada ambição no mundo.
O bem é o único dissolvente do mal,
em todos os setores, revelando forças diferentes.
Em razão disso, a atitude requisitada
pelo crime jamais será a indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador,
vigilante e operoso.
Em todas as épocas, os homens
perpetraram erros graves, tentando reprimir a maldade, filha da ignorância, com
a maldade, filha do cálculo. E as medidas infelizes, grande número de vezes,
foram concretizadas em nome do próprio Cristo.
Guerras, revoluções, assassínios,
perseguições foram movimentados pelo homem, que assim presume cooperar com o
Céu. No entanto, os empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a
catástrofe da separação e da discórdia. Semelhantes revides sempre constituem
pruridos de hegemonia indébita do sectarismo pernicioso nos partidos políticos,
nas escolas filosóficas e nas seitas religiosas, mas nunca determinação de Jesus.
Reconhecendo, antecipadamente, que
a miopia espiritual das criaturas lhe desfiguraria as palavras, o Mestre reforçou
a conceituação, asseverando: “Eu, porém, vos digo...”
O plano inferior adota padrões de
resistência, reclamando “olho por olho, dente por dente”...
Jesus, todavia, nos aconselha a
defesa do perdão setenta vezes sete, em cada ofensa, com a bondade diligente,
transformadora e sem-fim.
CONTINUA AMANHÃ
Nenhum comentário:
Postar um comentário