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NÃO SE ENVERGONHAR
“Porque qualquer que de mim e
das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem.” -
Jesus. (Lucas, 9:26.)
Muitos aprendizes existem
satisfeitos consigo mesmos tão-somente em razão de algumas afirmativas quixotescas.
Congregam-se em grandes discussões, atrabiliários e irascíveis, tentando
convencer gregos e troianos, relativamente à fé religiosa e, quando
interpelados sobre a fúria em que se comprazem, na imposição dos pontos de
vista que lhes são próprios, costumam redarguir que é imprescindível não nos
envergonharmos do Mestre, nem de seus ensinamentos perante a multidão.
Todavia, por vezes, a preocupação
de preservar o Cristianismo não passa de posição meramente verbal.
Tais defensores do Cristo andam
esquecidos de que, antes de tudo, é indispensável não esquecer-lhe os princípios
sublimes, diante das tarefas de cada dia.
A vida de um homem é a sua própria
confissão pública.
A conduta de cada crente é a sua
verdadeira profissão de fé.
Muito infantis o trovão da voz e a
mímica verbalista, filhos da vaidade individual, junto de ouvintes incompreensivos
e complacentes, com pleno esquecimento dos necessários testemunhos com o
Mestre, na oficina de trabalho comum e no lar purificador.
Torna-se indispensável não se
envergonhar o aprendiz de Jesus, não em pendengas calorosas, das quais cada
contendor regressa mais exasperado, mas sim perante as situações, aparentemente
insignificantes ou eminentemente expressivas, em que se pede ao crente o
exemplo de amor, renúncia e sacrifício pessoal que o Senhor demonstrou em sua
trajetória sublime.
CONTINUA AMANHÃ
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