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GOVERNO INTERNO
“Antes subjugo o
meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não
venha de algum modo a ficar reprovado.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios,
9:27.)
Efetivamente, o corpo é miniatura do Universo.
É imprescindível, portanto, saber governá-lo. Representação em
material terrestre da personalidade espiritual é razoável esteja cada um atento
às suas disposições. Não é que a substância passiva haja adquirido poder
superior ao da vontade humana, todavia, é imperioso reconhecer que as
tendências inferiores procuram subtrair-nos o poder de domínio.
É indispensável esteja cada homem em dia com o governo de si
mesmo.
A vida interior, de alguma sorte, assemelha-se à vida de um
Estado. O espírito assume a auto-chefia, auxiliado por vários ministérios,
quais os da reflexão, do conhecimento, da compreensão, do respeito e da ordem.
As ideias diversas e simultâneas constituem apelos bons ou maus do parlamento
íntimo. Existem, no fundo de cada mente, extensas potencialidades de progresso
e sublimação, reclamando trabalho.
O governador supremo que é o espírito, no cosmo celular, redige
leis benfeitoras, mas nem sempre mobiliza os órgãos fiscalizadores da própria
vontade. E as zonas inferiores continuam em antigas desordens, não lhes
importando os decretos renovadores que não hostilizam, nem executam. Em se
verificando semelhante anomalia, passa o homem a ser um enigma vivo, quando se
não converte num cego ou num celerado.
Quem espera vida sã, sem autodisciplina, não se distancia muito
do desequilíbrio ruinoso ou total.
É necessário instalar o governo de nós mesmos em qualquer
posição da vida. O problema fundamental é de vontade forte para conosco, e de
boa vontade para com os nossos irmãos.
CONTINUA AMANHÃ
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