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Lei do uso
“E quando estavam saciados, disse
Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se
perca.” – (João, 6:12.)
Observada a lei do uso, a miséria fugirá do caminho humano.
Contra o desperdício e a avareza é imperioso o trabalho de cada
um, porque, identificado o equilíbrio, o serviço da justiça econômica estará
completo, desde que a boa vontade habite com todos.
A passagem evangélica que descreve o trabalho de alimento à
multidão assinala significativas palavras do Senhor, quanto às sobras de pão,
transmitindo ensinamento de profunda importância aos discípulos.
Geralmente, o aprendiz sincero, nos primeiros deslumbramentos da
fé reveladora, deseja desfazer-se nas atividades de benemerência, sem base na
harmonia real.
Aí temos, indiscutivelmente, louvável impulso, mas, ainda mesmo
na distribuição dos bens materiais, é indispensável evitar o descontrole e o
excesso.
O Pai não suprime o inverno, porque alguns dos seus filhos se
queixam do frio, mas equilibra a situação, dando-lhes coberturas.
A caridade reclama entusiasmo, entretanto, exige também
discernimento generoso, que não incline o coração à secura.
Na grande assembleia de necessitados do monte, por certo, não
faltariam preguiçosos e perdulários, prontos a inutilizar a parte restante de
pão, sem necessidade justa. Jesus, porém, antes que os levianos se
manifestassem, recomendou claramente: – “Recolhei os pedaços que assoberbaram,
para que nada se perca.” É que, em todas as coisas, o homem deverá reconhecer
que o uso é compreensível na Lei, desprezando o abuso que é veneno mortal nas
fontes da vida.
CONTINUA AMANHÃ
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