133
O GRANDE FUTURO
“Mas agora o meu reino não é
daqui” – Jesus. (João, 18:36.)
Desde os primórdios do
Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram deliberadamente do mundo, alegando
que o Reino do Senhor não pertence à Terra.
Ajoelham-se, por tempo
indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a realização
da santidade.
Muitos cruzam os braços à frente
dos serviços de regeneração e, quando interrogados, expressam revolta pelos
quadros chocantes que a experiência terrena lhes oferece, reportando-se ao
Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não
se instalara nos círculos da luta humana.
No entanto, é justo ponderar que o
Cristo não deserdou o planeta. A palavra dEle não afiançou a negação absoluta
da felicidade celeste para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então
existente, sem esquecer a esperança no porvir.
O Mestre esclareceu: – “Mas agora o
meu reino não é daqui.”
Semelhante afirmativa revela-lhe a
confiança.
Jesus, portanto, não pode endossar
a falsa atitude dos operários em desalento, tão-só porque a sombra se fez mais
densa em torno de problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem,
por vezes, mais dolorosas. Tais ocorrências, muita vez, obedecem a pura ilusão
visual.
A atividade divina jamais cessa e
justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo esculpirá a própria
vitória.
Não nos cabe, pois, a deserção pela
atitude contemplativa e, sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro.
CONTINUA AMANHÃ
Nenhum comentário:
Postar um comentário