115
A PORTA
“Tornou, pois, Jesus a
dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.” – (João,
10:7.)
Não basta alcançar as qualidades da
ovelha, quanto à mansidão e ternura, para atingir o Reino Divino.
É necessário que a ovelha reconheça
a porta da redenção, com o discernimento imprescindível, e lhe guarde o rumo,
despreocupando-se dos apelos de ordem inferior, a eclodirem das margens do
caminho.
Daí concluirmos que a cordura, para
ser vitoriosa, não dispensa a cautela na orientação a seguir.
Nem sempre a perda do rebanho
decorre do ataque de feras, mas sim porque as ovelhas imprevidentes transpõem
barreiras naturais, surdas à voz do pastor, ou cegas quanto às saídas justas,
em demanda das pastagens que lhes competem. Quantas são acometidas, de
inesperado, pelo lobo terrível, porque, fascinadas pela verdura de pastos
vizinhos, se desviam da estrada que lhes é própria, quebrando obstáculos para
atender a destrutivos impulsos?
Assim acontece com os homens no
curso da experiência.
Quantos espíritos nobres hão
perdido oportunidades preciosas pela própria imprudência?
Senhores de admiráveis patrimônios,
revelam-se, por vezes, arbitrários e caprichosos. Na maioria das situações,
copiam a ovelha virtuosa e útil que, após a conquista de vários títulos
enobrecedores, esquece a porta a ser atingida e quebra as disciplinas benéficas
e necessárias, para entregar-se ao lobo devorador.
CONTINUA AMANHÃ
Nenhum comentário:
Postar um comentário