Nossos
pressentimentos
No
jardim, na camaradagem do silêncio, Tammy pensava. Como eram diferentes os
dias de agora.
Diferentes
porque seu amado não estava com ela. Rustom, com sua risada franca, sua
confiança ilimitada.
Rustom
que era capaz de entrar em qualquer lugar e, em poucos minutos, se pôr
imediatamente à vontade, deixando as pessoas ao seu redor também à vontade.
Rustom,
seu amado marido, que era capaz de fazer rir à sua nora, ao seu filho.
As
folhas das árvores amuralharam, trazendo mais lembranças para Tammy.
Ano
anterior. Seu marido e o filho na piscina do hotel. Ambos com água pelos
joelhos, brincavam.
E
Rustom gritou para a esposa e a nora:
Vocês
sabem o que estamos fazendo? Estamos criando lembranças para o futuro.
Uma
coisa alegre para vocês recordarem, quando os velhos já não estivermos por
perto.
O filho
puxara a cabeça do pai para perto de si, apertando-a contra o peito e
argumentara que, rijo como era seu pai, com certeza ele sobreviveria a todos
eles.
Rustom
respondera com um sorriso e versos do poeta Omar Khayyam: Quando a hora
chega, chega.
Move-se
a mão que escreve e, tendo escrito, segue adiante.
Tammy
agora pensava se o marido tivera uma intuição de que ia morrer.
E
lembrava dos dias seguintes, de ternuras redobradas, atenções multiplicadas,
sorrisos explodindo a toda hora.
Seu
marido estava lhe ofertando momentos de alegria para recordar depois, quando
a saudade vibrasse forte?
Fora um
choque ter a notícia de que aquele coração generoso parara de bater.
Sístole, epistole, tudo cessara. A bomba cardíaca deixara de operar e logo a morte
enrijecia aquele corpo, cuja ausência ela sentia tanto.
Será,
continuava a pensar Tammy, será que podemos saber o momento de nossa morte?
*
* *
Ninguém
avança pela estrada do progresso espiritual sem o auxílio da Divindade, por
intermédio dos nobres Espíritos que se transformam em guias da Humanidade.
São
eles que assessoram os homens, zelando por eles, na qualidade de anjos guardiãs.
São essas
almas excelsas que, conhecendo as ocorrências que, de forma geral, estão
delineadas para os seus pupilos vivenciarem, os inspiram ou guiam pela senda
mais apropriada.
Através
dessa inspiração é que acontece o chamado pressentimento.
Também
acontece que o próprio Espírito reencarnado recorda, de forma espontânea, da
programação que para si traçou, antes de reencarnar.
Dessa
forma, pode ter, como intuição, a advertência de que seus dias na Terra estão
finalizando.
Por
isso, idealiza passeios, diligencia providências que evitarão transtornos
para sua família, torna-se mais alegre ou mais introspectivo.
Em uma
palavra, ele se vai despedindo da vida, deixando um rastro de bondade, de
alegria para que os seus amores tenham recordações positivas para alimentar a
imensa saudade dos dias da sua ausência.
*
* *
Fiquemos
atentos aos pressentimentos, analisando-os de forma clara e tranquila, quando
ocorram.
Avaliemos
qual a mensagem de advertência ou socorro de que se fazem portadores.
Apuremos
nossa sintonia com os Espíritos guias, a fim de que com maior facilidade
possamos registrar e direcionar de forma saudável e proveitosa os
pressentimentos.
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A principal finalidade deste blog é a divulgação da Doutrina Espírita, codificada por ALLAN KARDEC, através de trechos do Evangelho Segundo o Espiritismo, preces, orações, crônicas e comentários.Queremos, também, transformar esse blog em uma CASA ESPÍRITA VIRTUAL.
domingo, 22 de dezembro de 2013
MENSAGEM DOMINICAL
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