43
Boas maneiras
“E assenta-te no último
lugar.” – Jesus. (Lucas, 14:10.)
O Mestre, nesta passagem,
proporciona inolvidável ensinamento de boas maneiras.
Certo, a sentença revela conteúdo
altamente simbólico, relativamente ao banquete paternal da Bondade Divina; todavia,
convém deslocarmos o conceito a fim de aplicá-lo igualmente ao mecanismo da
vida comum.
A recomendação do Salvador
presta-se a todas as situações em que nos vejamos convocados a examinar algo de
novo, junto aos semelhantes. Alguém que penetre uma casa ou participe de uma
reunião pela primeira vez, timbrando demonstrar que tudo sabe ou que é superior
ao ambiente em que se encontra, torna-se intolerável aos circundantes.
Ainda que se trate de agrupamento
enganado em suas finalidades ou intenções, não é razoável que o homem esclarecido,
aí ingressando pela vez primeira, se faça doutrinador austero e exigente,
porquanto, para a tarefa de retificar ou reconduzir almas, é indispensável que
o trabalhador fiel ao bem inicie o esforço, indo ao encontro dos corações pelos
laços da fraternidade legítima. Somente assim, conseguirá alijar a imperfeição
eficazmente, eliminando uma parcela de sombra, cada dia, através do serviço
constante.
Sabemos que Jesus foi o grande
reformador do mundo, entretanto, corrigindo e amando, asseverava que viera ao
caminho dos homens para cumprir a Lei.
Não assaltes os lugares de
evidência por onde passares. E, quando te detiveres com os nossos irmãos em alguma
parte, não os ofusques com a exposição do quanto já tenhas conquistado nos domínios
do amor e da sabedoria. Se te encontras decidido a cooperar pelo bem dos
outros, apaga-te, de algum modo, a fim de que o próximo te possa compreender.
Impondo normas ou exibindo poder, nada conseguirás senão estabelecer mais
fortes perturbações.
CONTINUA AMANHÃ
Nenhum comentário:
Postar um comentário