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EM CADEIAS
“Pelo qual sou embaixador em
cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.” – Paulo.
(Efésios, 6:20.)
Observamos nesta passagem o
apóstolo dos gentios numa afirmativa que parece contraditória, à primeira vista.
Paulo alega a condição de emissário
em cadeias e, simultaneamente, declara que isto ocorre para que possa servir ao
Evangelho, livremente, quanto convinha.
O grande trabalhador dirigia-se aos
companheiros de Éfeso, referindo-se à sua angustiosa situação de prisioneiro
das autoridades romanas; entretanto, por isto mesmo, em vista do difícil
testemunho, trazia o espírito mais livre para o serviço que lhe competia realizar.
O quadro é significativo para
quantos pretendem a independência econômico financeira ou demasiada liberdade
no mundo, a fim de exemplificarem os ensinamentos evangélicos.
Há muita gente que declara aguardar
os dias da abundância material e as facilidades terrestres para atenderem ao
idealismo cristão. Isto, contudo, é contra senso. O serviço de Jesus se destina
a todo lugar.
Paulo, entre cadeias, se sentia
mais livre na pregação da verdade. Naturalmente, nem todos os discípulos estarão
atravessando esses montes culminantes do testemunho. Todos, porém, sem
distinção, trazem consigo as santas algemas das obrigações diárias no lar, no
trabalho comum, na rotina das horas, no centro da sociedade e da família.
Ninguém, portanto, tente quebrar as
cadeias em que se encontra, na mentirosa suposição de que se candidatará a
melhor posto nas oficinas do Cristo.
Somente o dever bem cumprido nos
confere acesso à legítima liberdade.
CONTINUA AMANHÃ
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