5
Salários
“E contentai-vos com o vosso
soldo.” – João Batista. (Lucas, 3:14.)
A resposta de João Batista aos
soldados, que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão e de bom senso.
Muita gente se perde através de
inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas
de remuneração na vida comum.
Operários existem que reclamam
salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves responsabilidades que,
não raro, convertem os administradores do mundo em vítimas da inquietação e da
insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes.
Há homens cultos que vendem a paz
do lar em troca da dilatação de vencimentos.
Inúmeras pessoas seguem, da
mocidade à velhice do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não
se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho humano
lhes assinalam, dentro dos imperscrutáveis Desígnios.
Não é por demasia de remuneração
que a criatura se integrará nos quadros divinos.
Se um homem permanece consciente quanto
aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais intranqüilo.
Desde muito, esclarece a filosofia
popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta.
Contentar-se cada servidor com o
próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do
Todo Poderoso.
Antes, pois, de analisar o
pagamento da Terra, habitua-te a valorizar as concessões do Céu.
CONTINUA AMANHÃ
Nenhum comentário:
Postar um comentário