155
Aprendamos a agradecer
“Em tudo dai graças.” – Paulo, (1ª Epístola aos
Tessalonicenses, 5:18.)
Saibamos agradecer as dádivas que o Senhor nos concede cada
dia:
-
a largura da vida;
-
o ar abundante;
-
a graça da locomoção;
-
a faculdade do raciocínio,
-
a fulguração da ideia;
-
a alegria de ver;
-
o prazer de ouvir;
-
o tesouro da palavra;
-
o privilégio do trabalho;
-
o dom de aprender;
-
a mesa que nos serve;
-
o pão que nos alimenta;
-
o pano que nos veste;
-
as mãos desconhecidas que se entrelaçam no esforço
de suprir-nos a refeição e o agasalho;
-
os benfeitores anônimos que nos transmitem a
riqueza do conhecimento;
-
a conversação do amigo;
-
o aconchego do lar;
-
o doce dever da família;
-
o contentamento de construir para o futuro;
-
a renovação das próprias forças...
Muita gente está esperando lances espetaculares da “boa sorte
mundana”, a fim de exprimir gratidão ao Céu.
O cristão, contudo, sabe que as bênçãos da Providência Divina
nos enriquecem os ângulos mais simples de cada hora, no espaço de nossas experiências.
Nada existe insignificante na estrada que percorremos.
Todas as concessões do Pai Celeste são preciosas no campo de
nossa vida.
Utilizando, pois, o patrimônio que o Senhor nos empresta, no
serviço incessante ao bem, aprendamos a agradecer.
156
Parentes
“Mas se alguém não tem cuidado dos seus e
principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” – Paulo.
(1ª Epístola a Timóteo, 5:8.)
A casualidade não se encontra nos laços da parentela.
Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações consanguíneos.
Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente, é
indispensável pagar com alegria os débitos que nos imanam a alguns corações, a
fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a Humanidade.
Inútil é a fuga dos credores que respiram conosco sob o mesmo
teto, porque o tempo nos aguardará implacável, constrangendo-nos à liquidação
de todos os compromissos.
Temos companheiros de voz adocicada e edificante na
propaganda salvacionista, que se fazem verdadeiros trovões de intolerância na
atmosfera caseira, acumulando energias desequilibradas em torno das próprias
tarefas.
Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um jardim
de flores. Por vezes, é um espinheiro de preocupações e de angústias,
reclamando-nos sacrifício. Contudo, embora necessitemos de firmeza nas atitudes
para temperar a afetividade que nos é própria, jamais conseguiremos sanar as
feridas do nosso ambiente particular com o chicote da violência ou com o emplastro
do desleixo.
Consoante a advertência do Apóstolo, se nos falha o cuidado
para com a própria família, estaremos negando a fé.
Os parentes são obras de amor que o Pai Compassivo nos deu a
realizar. Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos
desígnios da verdadeira fraternidade.
Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância e
bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos a servir com
vitória, no mar alto das grandes experiências.
CONTINUA AMANHÃ
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