141
Renova-te sempre
“Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova, dia a dia.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 4:16.)
Cada dia tem a sua lição.
Cada experiência deixa o valor que lhe corresponde.
Cada problema obedece a determinado objetivo.
Há criaturas que, torturadas por temores contraproducentes,
proclamam a inconformação que as possui à frente da enfermidade ou da pobreza,
da desilusão ou da velhice.
Não faltam, no quadro da luta cotidiana, os que fogem
espetacularmente dos deveres que lhes cabem, procurando, na desistência do bom
combate e no gradual acordo com a morte, a paz que não podem encontrar.
Lembra-te de que as civilizações se sucedem no mundo, há
milhares de anos, e que os homens, por mais felizes e por mais poderosos, foram
constrangidos à perda do veículo de carne para acerto de contas morais com a
eternidade.
Ainda que a prova te pareça invencível ou que a dor se te
afigure insuperável, não te retires da posição de lidador, em que a Providência
Divina te colocou.
Recorda que amanhã o dia voltará ao teu campo de trabalho.
Permanece firme, no teu setor de serviço, educando o
pensamento na aceitação da Vontade de Deus.
A moléstia pode ser uma intimação transitória e salutar da
Justiça Celeste.
A escassez de recursos terrestres é sempre um obstáculo educativo.
O desapontamento recebido com fervorosa coragem é trabalho de
seleção do Senhor, em nosso benefício.
A senectude do corpo físico é fixação da sabedoria para a
felicidade eterna.
Sê otimista e diligente no bem, entre a confiança e a
alegria, porque, enquanto o envoltório de carne se corrompe pouco a pouco, a
alma imperecível se renova, de momento a momento, para a vida imortal.
142
Não furtes
“Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe,
fazendo com as suas mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que
tiver necessidade.” – Paulo. (Efésios, 4:28.)
Há roubos de variada natureza, jamais catalogados nos códigos
de justiça da Terra.
Furtos de tempo aos que trabalham.
Assaltos à tranquilidade do próximo.
Depredações da confiança alheia.
Invasões nos interesses dos outros.
Apropriações indébitas, através do pensamento.
Espoliações da alegria e da esperança.
Com as chaves falsas da intriga e da calúnia, da crueldade e
da má-fé, almas impiedosas existem, penetrando sutilmente nos corações desprevenidos,
dilapidando-os em seus mais valiosos patrimônios espirituais.
Por esse motivo, a palavra de Paulo se reveste de sublime
significação: – “Aquele que furtava não furte mais.”
Se aceitaste o Evangelho por norma de elevação da tua vida,
procura, acima de tudo, ocupar as tuas mãos em atividades edificantes, a fim de
que possas ser realmente útil aos que necessitam.
Na preguiça está sediada a gerência do mal.
Quem alguma coisa faz, tem algo a repartir.
Busca o teu posto de serviço, cumpre dignamente as tuas
obrigações de cada dia e, atendendo aos deveres que o Senhor te confiou,
atravessarás o caminho terrestre sem furtar a ninguém.
CONTINUA AMANHÃ
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