125
Ricamente
“A palavra do Cristo habite em vós, ricamente.” –
Paulo. (Colossenses, 3:16.)
Dizes confiar no poder do Cristo, mas, se o dia aparece em
cores contrárias à tua expectativa, demonstras deplorável indigência de fé na
inconformação.
Afirmas cultivar o amor que o Mestre nos legou, entretanto,
se o companheiro exterioriza pontos de vista diferentes dos teus, mostras
enorme pobreza de compreensão, confiando-te ao desagrado e à censura.
Declaras aceitar o Evangelho em sua simplicidade e pureza,
contudo, se o Senhor te pede algum sacrifício perfeitamente compatível com as
tuas possibilidades, exibes incontestável carência de cooperação, lançando
reptos e solicitando reparações.
Asseveras procurar a Vontade do Celeste Benfeitor, no
entanto, se os teus caprichos não se encontram satisfeitos, mostras lastimável
miséria de paciência e esperança, arrojando teus melhores pensamentos ao
lamaçal do desencanto.
Acenderemos, porém, a luz, permanecendo nas trevas?
Daremos testemunho de obediência, exaltando a revolta?
Ensinaremos a serenidade, inclinando-nos ao desespero?
Proclamaremos a glória do amor, cultivando o ódio?
A palavra do Cristo não nos convida a marchar na fraqueza ou
na lamentação, como se fôssemos tutelados da ignorância.
Segundo a conceituação iluminada de Paulo, a Boa Nova deve
irradiar-se de nossa vida, habitando a nossa alma, ricamente.
126
Ajudamos sempre
“E quem é o meu próximo?” – (Lucas, 10:29.)
O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é
sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.
Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de
nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós
mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...
Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa
cooperação ativa.
Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos
o respeito e a boa vontade.
Se um subordinado nos procura, ajudemo-lo com atenção e
carinho.
Se um malfeitor nos visita, pratiquemos a fraternidade,
tentando, sem afetação, abrir-lhe rumos novos na direção do bem.
Se o doente nos pede socorro, compadeçamo-nos de sua posição,
qualquer que ela seja.
Se o bom se socorre de nossa palavra, estimulemo-lo a que se
faça melhor.
Se o mau nos busca a influência, amparemo-lo, sem alarde,
para que se corrija.
Se há Cristianismo em nossa consciência, o cultivo
sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.
Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto,
pesando na economia da coletividade.
No Evangelho, a posição neutra significa menor esforço.
Com Jesus, de perto, agindo intensivamente junto dele; ou com
Jesus, de longe, retardando o avanço da luz. E sabemos que o Divino Mestre amou
e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.
Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada
dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.
continua amanhã
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