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Eis agora
“Eis agora, vós que dizeis... amanhã...” – (Tiago, 4:13.)
Agora é o momento decisivo para fazer o bem.
Amanhã, provavelmente...
O amigo terá desaparecido.
A dificuldade estará maior.
A moléstia terá ficado mais grave.
A ferida, possivelmente, mostrar-se-á mais crescida de extensão.
O problema talvez surja mais complicado.
A oportunidade de ajudar não se fará repetida.
A boa semente plantada agora é uma garantia da produção valiosa
no porvir.
A palavra útil, pronunciada sem detença, será sempre uma luz
no quadro em que vives.
Se desejas ser desculpado de alguma falta, aproxima-te agora
daqueles a quem feriste e revela o teu propósito de reajustamento.
Se te propões auxiliar o companheiro, ajuda-o sem demora para
que a bênção de teu concurso fraterno responda às necessidades de teu irmão,
com a desejável eficiência.
Não durmas sobre a possibilidade de fazer o melhor.
Não te mantenhas na expectativa inoperante, quando podes
contribuir em favor da alegria e da paz.
A dádiva tardia tem gosto de fel.
“Eis agora” – diz-nos o Evangelho, na palavra apostólica.
Adiar o bem que podemos realizar é desaproveitar o tempo e
furtar do Senhor.
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Assim será
“Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é
rico para com Deus.” – Jesus. (Lucas, 12:21.)
Guardarás inúmeros títulos de posse sobre as utilidades
terrestres, mas se não fores senhor de tua própria alma, todo o teu patrimônio
não passará de simples introdução à loucura.
Multiplicarás, em torno de teus pés, maravilhosos jardins da
alegria juvenil, entretanto, se não adquirires o conhecimento superior para o
roteiro de amanhã, a tua mocidade será a véspera ruidosa da verdadeira velhice.
Cobrirás com medalhas honoríficas o teu peito, aumentando a
série dos admiradores que te aplaudem, mas, se a luz da reta consciência não te
banhar o coração, assemelhar-te-ás a um cofre de trevas, enfeitado por fora e
vazio por dentro.
Amontoarás riquezas e apetrechos de conforto para a tua casa
terrena, imprimindo-lhe perfil dominante e revestindo-a de esplendores
artísticos, contudo, se não possuíres na intimidade do lar a harmonia que
sustenta a felicidade de viver, o teu domicílio será tão-somente um mausoléu
adornado.
Empilharás moedas de ouro e prata, à sombra das quais falarás
com autoridade e influência aos ouvidos do próximo, todavia, se os teus haveres
não se dilatarem, em forma de socorro e trabalho, estímulo e educação, em favor
dos semelhantes, serás apenas um viajor descuidado, no rumo de pavorosas desilusões.
Crescerás horizontalmente, conquistarás o poder e a fama,
reverenciar-te-ão a presença física na Terra, mas, se não trouxeres contigo os
valores do bem, ombrearás com os infelizes, em marcha imprevidente para as
ruínas do desencanto.
Assim será “todo aquele que ajunta tesouros para si, sem ser
rico para com Deus”.
CONTINUA AMANHÃ
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