115
Guardemos lealdade
“Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se
ache fiel.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 4:2.)
Vivamos cada dia fazendo o melhor ao nosso alcance.
Se administras, sê justo na distribuição do trabalho.
Se legislas, sê fiel ao bem de todos.
Se espalhas os dons da fé, não te descuides das almas que te
rodeiam.
Se ensinas, sê claro na lição.
Se te devotas à arte, não corrompas a inspiração divina.
Se curas, não menosprezes o doente.
Se constróis, atende à segurança.
Se aras o solo, fazei-o com alegria.
Se cooperas na limpeza pública, abraça na higiene o teu sacerdócio.
Se edificaste um lar, sublima-o para as bênçãos de amor e
luz, ainda mesmo que isso te custe aflição e sacrifício.
Não te inquietes por mudanças inesperadas, nem te impressione
a vitória aparente daqueles que cuidam de múltiplos interesses, com exceção dos
que lhes dizem respeito.
Recorda o olhar vigilante da Divina Providência que nos observa
todos os passos.
Lembra-te de que vives, onde te encontras, por iniciativa do
Poder Maior que nos supervisiona os destinos e guardemos lealdade às obrigações
que nos cercam. E, agindo incessantemente na extensão do bem, no campo de luta
que a vida nos confia, esperemos por novas decisões da Lei a nosso respeito,
porque a própria Lei nos elevará de plano e nos sublimará as atividades no
momento oportuno.
116
Ir e ensinar
“Portanto, ide e ensinai” – Jesus. (Mateus, 28:19.)
Estudando a recomendação do Senhor aos discípulos – ide e
ensinai –, é justo não olvidar que Jesus veio e ensinou.
Veio da Altura Celestial e ensinou o caminho de elevação aos
que jaziam atolados na sombra terrestre.
Poderia o Cristo haver mandado a lição por emissários
fiéis... poderia ter falado brilhantemente, esclarecendo como fazer...
Preferiu, contudo, para ensinar com segurança e proveito, vir
aos homens e viver com eles, para mostrar-lhes como viver no rumo da perfeição.
Para isso, antes de tudo, fez-se humilde e simples na
Manjedoura, honrou o trabalho e o estudo no lar e, em plena atividade pública,
foi o irmão providencial de todos, amparando a cada um, conforme as suas
necessidades.
Com indiscutível acerto, Jesus é chamado o Divino Mestre.
Não porque possuísse uma cátedra de ouro...
Não porque fosse o dono da melhor biblioteca do mundo...
Não porque simplesmente exaltasse a palavra correta e irrepreensível...
Não porque subisse ao trono da superioridade cultural,
ditando obrigações para os ouvintes...
Mas sim porque alçou o próprio coração ao amor fraterno e,
ensinando, converteu-se em benfeitor de quantos lhe recolhiam os sublimes ensinamentos.
Falou-nos do Eterno Pai e revelou-nos, com o seu sacrifício,
a justa maneira de buscá-Lo.
Se te propões, desse modo, cooperar com o Evangelho, recorda
que não basta falar, aconselhar e informar.
“Ide e ensinai”, na palavra do Cristo, quer dizer “ide e
exemplificai para que os outros aprendam como é preciso fazer”.
CONTINUA AMANHÃ
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