CONTINUAÇÃO
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Problemas do amor
“... que vosso amor cresça cada vez mais no pleno
conhecimento e em todo o discernimento.” – Paulo (Filipenses, 1:9.)
O amor é a força divina do Universo.
É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a
desviemos na justa aplicação.
Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus
cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se “avareza”; quando
se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o
centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele
em “egoísmo”; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e
o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que
predomina em sua órbita chama-se “inveja”.
Paulo, escrevendo à amorosa comunidade filipense, formula
indicação de elevado alcance.
Assegura que “o amor deve crescer, cada vez mais, no
conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as
coisas que são excelentes”.
Instruamo-nos, pois, para conhecer.
Eduquemo-nos para discernir.
Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da
vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que
nos aproxima de Deus.
Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores
espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é
simplesmente querer e tão-somente com o “querer” é possível desfigurar,
impensadamente, os mais belos quadros da vida.
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Demonstrações do Céu
“Disseram-lhe, pois: que sinal fazes tu para que o vejamos,
e creiamos em ti?” – (João, 6:30.)
Em todos os tempos, quando alguém na Terra se refere às
coisas do Céu, verdadeira multidão de indagadores se adianta pedindo
demonstrações objetivas das verdades anunciadas.
Assim é que os médiuns modernos são constantemente assediados
pelas exigências de quantos se colocam à procura da vida espiritual.
Esse é vidente e deve dar provas daquilo que identifica.
Aquele escreve em condições supra normais e é constrangido a
fornecer testemunho das fontes de sua inspiração.
Aquele outro materializa os desencarnados e, por isso, é convocado
ao teste público.
Todavia, muita gente se esquece de que todas as criaturas do
Senhor exteriorizam os sinais que lhes dizem respeito.
O mineral é reconhecido pela utilidade.
A árvore é selecionada pelos frutos.
O firmamento espalha mensagens de luz.
A água dá notícias do seu trabalho incessante.
O ar esparge informações, sem palavras, do seu poder na manutenção
da vida.
E entre os homens prevalecem os mesmos imperativos.
Cada irmão de luta é examinado pelas suas características.
O tolo dá-se a conhecer pelas puerilidades.
O entendido revela mostras de prudência.
O melhor demonstra as virtudes que lhe são peculiares.
Desse modo, o aprendiz do Evangelho, ao solicitar revelações
do Céu para a jornada da Terra, não deve olvidar as necessidades de revelar-se
firmemente disposto a caminhar para o Céu.
Houve dia em que a turba vulgar dirigiu-se ao próprio
Salvador que a beneficiava, perguntando: – “que sinal fazes tu para que o
vejamos, e creiamos em ti?”
Imagina, pois, que se ao Senhor da Vida foi dirigida
semelhante interrogativa, que indagação não se fará do Alto a nós outros, toda
vez que rogarmos sinais do Céu, a fim de atendermos ao nosso simples dever?
CONTINUA AMANHÃ
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