quinta-feira, 9 de maio de 2013

ALVORADA DO REINO - LIVRO DE CHICO XAIER

CONTINUAÇÃO

SERVIDOR DA ÚLTIMA HORA
Emmanuel

 
No estudo da posição daquele trabalhador de última hora, credor de
precioso salário, a que se reporta o Evangelho, mentalizemos uma oficina com
determinada tarefa a realizar. Revelando as diretrizes, que lhe governam a experiência,
convocou diversos operários para o serviço em expectação.
Os primeiros chegados, quando a manhã surgia promissora, começaram a
examinar indefinidamente a obra, discutindo particularidades e nugas, com menosprezo
do tempo.
Os segundos, trazidos a realização, sentiram-se repentinamente cansados,
acreditando muito mais na própria indisposição orgânica que no poder de agir que lhes
era peculiar.
Os terceiros, transportados ao recinto quando o Sol avançava, preferiram
invariável repouso, à espera de orientação e esclarecimento, como se a oficina lhes não
houvesse ofertado, previamente, o programa de ação.
Os demais, conduzidos à casa nas derradeiras horas do dia, estacionaram
na queixa e no desânimo, no medo e na distração...
Acotovelavam-se todos, inutilmente, esquecidos de que o serviço lhes
rogava devotamento e consagração.
Eis, porém, que nos últimos instantes do dia, o servidor diligente é trazido
ao trabalho e atende-o sem discussão.
Naturalmente que a esse o vencimento é mais justo, pelo esforço
construtivo que lhe assinalou a presença e lhe marcou a decisão.
Conserva contigo o ensinamento do Divino Mestre e não desfaleças.
Ao longo de teus passos, aparece no mundo a sementeira do bem, que te
pede renúncia e boa vontade, sacrifício e compreensão.
Desperta e efetua a obra de amor a que foste chamado, porque o valor de
tua existência na carne não será conferido pelos dias longos que desfrutes na Terra ou
pelos tesouros do corpo e da alma que retenhas contigo, mas, sim, pela tarefa executada
no bem incessante que te será coroa de luz, na luz da Vida Real.
Onde fores defrontado pela calúnia, sê a palavra amiga do
esclarecimento benéfico.
Indolência e desânimo, são ervas parasitárias, aniquilando-te a
produção.

ASSISTÊNCIA SOCIAL
Emmanuel

 
A assistência é a fraternidade em ação. Sem ela, indiscutivelmente, os
nossos mais preciosos arrazoados verbalísticos não passariam de belos mostruários
sonoros.
É necessário teorizar com o exemplo, se desejamos argumentar com
eficiência e segurança no campo de nossas realizações.
Se é verdade que as obras sem ideal são primorosas esculturas de arte
humana, sem o calor da vida, a fé sem obras, segundo já assevera a palavra apostólica,
há quase dois mil anos, não passa de um cadáver bem adornado.
A escola, a maternidade, a creche, o hospital, o refúgio de esperança aos
viajantes da amargura, o albergue, o posto de socorro, a visitação fraterna aos doentes e
aos necessitados, a palestra amiga e confortadora, a casa de desobsessão, o auxilio de
emergência aos companheiros de angústia, o amparo aos irmãos presidiários, a
cooperação metódica nos centros especializados de tratamento, quais sejam os
sanatórios, os hospitais e os leprosários, a contribuição desinteressada, enfim, a dor de
todos os matizes e de todas as procedências, desafiam a nossa capacidade de imaginar,
organizar e fazer, a fim de que possamos momentalizar a nossa Doutrina de Amor e Luz
no mundo vivo dos corações.
Trabalhemos, auxiliando-nos uns aos outros.
Somos associados de uma só empresa de redenção, usando o sentimento, o
raciocínio, as mãos, a palavra, a tribuna, a imprensa e o livro para o mesmo glorioso
desiderato.
Conscientes, pois, de nossas responsabilidades, marchamos para diante,
sob a inspiração do Cristo, Nosso Senhor e Mestre, entrelaçando braços e corações na
mesma vibração de otimismo e esperança, serviço e sublimação.
Hoje é o nosso dia.
Agora é o momento.
O auxilio aos outros é a nossa oportunidade.
Auxiliar é a honra que nos compete.
Sigamos destemerosos e firmes na convicção de que o Senhor permanece
conosco e, indubitavelmente, alcançaremos amanhã a alegria e a paz do mundo melhor.
Não olvides que todos os perseguidores da luz são habitualmente
enfermos de espírito acomodados ao mal.
Nunca se diga inútil
nos mecanismo da vida.
André Luiz

CONTINÚA AMANHÃ

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