Doutor
retire, daqui, esses dois vigaristas, como o senhor bem disse, eles não têm
motivos para permanecerem no Hospital.
- Calma D. Cida, eles já vão se retirar. A
senhora está autorizada a subir até o apartamento da sua filha, que já deve ter
sido transferida da UTI.
- Muito obrigada Doutor e para vocês tchauzinho.
Os fortes sempre vencem.
- Um momento D. Cida. Como é norma do
Hospital, os visitantes precisam ter os seus pertences verificados antes de
adentrarem à ala dos enfermos. A senhora sabe como é, as vezes, até comida e
tóxicos são encontrados nas revistas. Por gentileza entregue a sua bolsa à
segurança.
- Era só o que faltava. Eu uma mulher honesta,
de bem e da Alta Sociedade Paulistana, ser revistada em uma espelunca. Jamais
consentirei essa barbaridade. Estou subindo e não ouse me impedir. Processo
vocês por danos morais.
O Dr. Adilson mandou o Segurança segurá-la
e revistar a sua bolsa.
Cida tentou correr, mas foi dominada e
quando a sua bolsa foi aberta, encontraram uma Pistola e um frasco cheio de pó
branco, que depois de analisado, foi constatado ser estricnina.
A Policia foi chamada e Cida foi conduzida
à Delegacia. O Dr. Adilson, D. Cida e o Manoel, também, foram à Delegacia, em
carro particular, para prestarem depoimento.
Lá encontraram o Ronaldo, que foi avisado
por sua mãe.
Depois de tudo esclarecido e com os pedidos
de D. Beatriz e do Manoel e a retirada da queixa pelo Dr. Adilson, o Delegado,
que era Espírita e entendia do assunto de obsessão, resolveu depois das partes
assinarem um Termo de Ajustamento e Conduta, não registrar a ocorrência como
tentativa de homicídios e, sim, como desentendimento familiar.
Particularmente, aconselhou o Ronaldo a
frequentar um Centro Espírita, juntamente com a sua esposa, pois, lá era o
único lugar que poderia solucionar aquele problema, que quase se tornara uma
tragédia.
Dois meses depois, em uma manhã ensolarada
de verão, Carol dava entrada no mesmo Hospital que, um pouco antes, quase
perdera a sua vida e a do filho. Hoje, acompanhada de seus pais e avó, estava
de volta, para dar luz ao seu filho. Luz que já estava brilhando na Família de
D. Beatriz.
Ronaldo e Cida estavam frequentando a Associação
Espírita Nossa Casa. Ela fazendo o Curso de Desenvolvimento Mediúnico e ele de
Doutrinador, além, é claro, de ajudarem nos trabalhos da Casa, como simples
colaboradores.
Carol, devido a gravidez ter sido de risco,
não frequentava assiduamente, mas pelo menos uma vez por semana, comparecia ao
Centro.
O Médico Obstetra de Carol era o Dr. Adilson,
que acompanhou desde o dia que foi internada no Hospital, pela primeira vez.
Por motivos óbvios e a sua gravidez ser de
risco, deu muita dor de cabeça para D. Beatriz, que apesar da reconciliação de
Ronaldo e Cida, Carol passou a morar com a avó. Todo o dia Cida a visitava e
Ronaldo aproveitava os finais de semana para ver a filha, quando não iam todos
para a casa da praia.
Rodrigo formou-se em Medicina e a entrega
do Diploma e Festa de Formatura estavam programados para o dia 24 de janeiro de
2.000.
As dez e quinze daquele dia, dezoito de Dezembro
de 1.999 nascia um lindo menino, filho de Carol.
Ela, D. Beatriz e Cida escolheram o nome do
menino: ADILSON MANOEL, em justa homenagem à duas pessoas, que entre outras,
contribuíram, ativamente, para o nascimento de mais um filho de DEUS, o nosso
Pai Celestial.
Dois dias após o nascimento do pequeno Pimpolho,
descia a escada do Hospital, uma família feliz, composta de D. Beatriz,
Ronaldo, Cida, Rodrigo, Carol e o pequeno Adilson Manoel. Todos unidos e
abraçados. D. Beatriz levantou os olhos para o alto e falou baixinho.
- Obrigada Pai por permitires o desenho
deste quadro. Reconheço que pouco plantei, mas a minha colheita está sendo
farta e maravilhosa. Oh PAI! Não tenho palavras para de agradecer.
- Vó com quem a senhora estava falando?
- Com DEUS, meu neto.
F I M
ISBN -
BN – 439.589
1ª Edição
Capa: Bruno
Campestrini e Silva
Todos os
direitos reservados. Proibida a reprodução, o armazenamento ou a transmissão,
no todo ou em parte, através de quaisquer meios.
Todos os
personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com vivas ou mortas é
mera coincidência.
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