- Você devia ter insistido. Tenho certeza
que foi a Carol.
- Como insistir? Não falaram e desligaram
na minha cara.
- Parece que é coisa feita. Fiquei ao lado
de telefone o tempo todo, quando sai paras ir ao banheiro, ele tocou. A Carol
deve ter sido sequestrada e está passando as maiores privações e até sendo
espancada. Você não ouviu choro? Deve ter sido ele que foi pega no telefone. Oh
meu DEUS tenha piedade desta menina que está sofrendo por erro dos pais.
- D. Beatriz a senhora não vive falando
que só pagamos os nossos erros? Que não pagamos os erros dos outros e nem os
outros pagam os nossos?
- É isto mesmo minha filha. Estou tão
aflita que nem sei o que penso e digo. O que ela está passando é resgate de
suas dívidas. Mas convenhamos, é muito sofrimento para uma pessoa. Se ao menos
eu estivesse ao seu lado, não para pagar por ela, mas para lhe dar forças a fim
de tudo suportar com tolerância e resignação. Sozinha é muito difícil.
- D. Beatriz a senhora, também, não diz
que DEUS só dá o frio conforme o cobertor? E que o peso do nosso fardo é o que
podemos carregar?
- É isso mesmo, você tem razão. Agora vá
preparar o almoço, que quero chegar antes das duas horas no Centro.
Janete saiu da sala e D. Beatriz levantou
os olhos para o alto e falou em voz baixa.
- Pai aceite os meus erros, que são de avó
desesperada com os sofrimentos de sua querida neta. Oh Pai, ameniza os
sofrimentos dessa menina e lhe dê forças para suportá-los e a mim para achar
uma solução para este problema. Pai tenha piedade de nós.
D. Beatriz almoçou e logo seguiu para o
Centro. Antes das duas, estava reunida
com o Sr. Paulo, Patrícia, Ivete e Manoel, que, também, chegaram cedo. Contou
sobre o telefonema, suas suspeitas de sequestro da neta e sobre as palavras de
Janete.
-
Que bom seria, minha querida irmã, se todos nós tivéssemos uma Janete para
lembrar-nos dos ensinamentos que passamos para os outros e muitas vezes
esquecemo-nos de praticá-los, principalmente, nessas horas de desespero. Tenha
paciência, resignação e fé que, com a permissão do nosso Pai Celestial, o drama
da sua família será resolvido, de acordo com o merecimento de cada um. E como a
Janete lembrou DEUS não permite que coloquemos em nossos ombros fardo que não
podemos carrega-lo. Não desanime que, mais do que nós, os nossos mentores e
suas Equipes Espirituais estão trabalhando, dia e noite, para solução deste
problema, o mais rápido possível.
D. Beatriz agradeceu as palavras do Sr. Mário
e a solidariedade de todos. A Equipe completa seguiu para a sala onde seria
realizada a sessão de desobsessão à distância.
Como de costume, o Sr. Mário fez as preces
iniciais e deu permissão para as Entidades presentes se manifestarem.
Através da médium Patrícia a sua mentora
Espiritual se pronunciou:
- Meus queridos irmãos que a paz de DEUS
esteja com todos. Em primeiro lugar, gostaria de me dirigir à irmã Beatriz para
pedir que tenha muita Paciência, Resignação e Fé, bastante Fé, pois,
infelizmente, só aprendemos através da dor e do sofrimento. A sua família vai
sofrer mais um pouco. Fisicamente, a sua neta, neste período que vive
perambulando pelas ruas. Psicologicamente, os pais dela vão sofrer muito mais,
por serem orgulhosos, egoístas e materialistas. Embora se dizendo cristãos, dão
valor somente às coisas materiais. Não sabem e nem têm interesse em saber de
onde vieram, o que estão fazendo aqui e para onde vão. O importante para eles é
o poder, o dinheiro e a posição social. Ah! Como vão sofrer agora e no outro
mundo, a nossa definitiva Pátria, o nosso Mundo Espiritual, quando lá chegarem,
após a morte do corpo físico. Tenha fé minha querida irmã que, com a permissão
do nosso Pai, haveremos de desembaraçar esse emaranhados de teias e chegaremos
às soluções desses problemas que vêm de reencarnações pretéritas. Agora, vou
ficar no meu cantinho para presenciar o desenrolar dessa reunião, que parece
que vai ser muito proveitosa. Que a paz do Senhor fique com todos.
A seguir, a irmã Ivete deu passagem para o
Espírito do irmão Antônio.
Boa tarde meus irmãos. Mais uma vez fui
trazido para esta Casa, confesso um pouco receoso.
- Receoso, porque meu irmão – Perguntou o
doutrinador Manoel.
- Pensei que o Baltazar estivesse
presente, muito embora, os irmãos que me trouxeram afirmassem que ele não
estaria presente, mas vocês sabem quem viveu, por muitos anos, cercado de
mentiras, promessas e ameaças, é difícil reconhecer quando estão falando a verdade.
Estou a disposição de vocês para esclarecer e ajudar na solução deste drama da
família de D. Beatriz. Antes quero agradecer a todos desta mesa de trabalhos e,
também, a essas Entidades, aqui presentes, pela acolhida e tratamento que estou
tendo, a partir do momento que resolvi aceitar a ajudas que vocês me
ofereceram. Confesso, humildemente, que não sou merecedor de tanta consideração
e amor que estou recebendo.
O doutrinador Manoel, designado pela mesa
para atender o irmão Antônio, disse:
- Meu irmão, o que você está recebendo não
é privilégio, é a nossa obrigação ajudar a CONTINÚA AMANHÃ
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