- Glória é Beatriz. Você não telefonou. Fiquei
ansiosa por notícias. Liguei para o celular da Carol, mas está desligado.
- A D. Cida bloqueou os telefonemas para
chamadas, eles só recebem e tomou o celular da Carol. A senhora precisa,
urgentemente, fazer alguma coisa. A coitadinha da Carol só faz chorar. Levei o
almoço, mas ela nem tocou.
- Glória transfira a ligação paras o
quarto dela.
- Não posso. A D. Cida desligou a
extensão. Disse que ela vai ficar incomunicável, até resolver dizer o nome do
rapaz.
- Não é possível, a Cida está louca.
Prender a filha no quarto e deixa-la incomunicável. Não acredito que na virada
do ano dois mil, ainda, existam pessoas agindo como estivessem no século
passado.
- A senhora quer mandar algum recado paras
ela? Está na hora de levar o lanche. Só posso entrar no quarto nos horários de
refeições.
- Diga para ela ficar calma e fazer as
refeições. Diga, também, que vou falar com o meu filho, para trazê-la para
morar comigo.
- Darei o recado. Vou ter que desligar porque
está passando o horário do lanche e logo a D. Cida vai descer para reclamar. A
chave do quarto fica com ela e vai reclamar por ter passado do horário.
- Está bem, antes vou pedir mais um favor.
Quando o Ronaldo chegar diga que quero vê-lo e que amanhã, antes de ir para o
Escritório, passe aqui. Quando voltar do Centro telefono novamente, deve ser
por volta das dez horas. Procure estar perto do telefone neste horário. Até
logo e cuide bem de Carol.
- Até logo D. Beatriz, ficarei esperando o
seu telefonema.
Antes das cinco horas, D. Beatriz foi para
o Centro, queria dividir suas apreensões com o Sr. Mário e Patrícia e, também,
encontrar soluções, até porque, as pessoas de fora têm mais possibilidades, por
agirem com a razão e não com o coração, como acontece com as pessoas que estão
dentro do problema.
Com estes pensamentos chegou ao seu destino
e dirigiu-se à sala da Diretoria, onde os médiuns se reuniam para acerto dos
últimos detalhes dos trabalhos do dia, apoio entre si e concentração
espiritual, antes do inicio do atendimento aos necessitados.
Na sala encontravam-se, além do Sr. Mário,
mais cinco médiuns, porém Patrícia não tinha chegado. Dirigiu-se aos presentes
dizendo:
- Boa tarde para todos. Que a Paz de DEUS
esteja conosco. Sr. Mário preciso falar com o senhor sobre o problema da minha
neta, mas gostaria que a Patrícia estivesse presente. Como o senhor, ela é
conhecedora de todo o caso.
- Vamos aguardá-la mais um pouco, ela está
para chegar. Enquanto isso, vamos acertar os detalhes para iniciarmos, hoje, o
trabalho de desobsessão coletiva. O número de pacientes cresceu muito e,
individualmente, não temos condições físicas para atender a todos.
- Quantos médiuns efetivos nós temos – perguntou
D. Mariana, uma das mais antigas médiuns do Centro.
- D. Beatriz pode informar isso, ela
controla a frequência dos médiuns.
- Nós temos vinte e cinco cadastrados,
mas, podemos contar com dezoito, que raramente faltam e quando assim o fazem,
avisam com antecedência.
- Muito bem. O que acham de começarmos
atendendo quinze pessoas de cada vez? Em dez rodadas atenderíamos cento e
cinquenta pessoas, que é, mais ou menos, o número de atendimentos em dia de
desobsessão.
- E qual o tempo de duração de cada rodada?
– perguntou, novamente, D. Mariana.
- Acho que, no máximo, demoraríamos sete
minutos – respondeu o Sr. Mário.
- Em quinze rodadas, gastaríamos uma hora
e quarenta e cinco minutos, ou seja, terminaríamos por volta das nove e quinze,
bem antes do horário de encerramento, ou seja, quinze minutos antes. Concordo,
plenamente, com o novo sistema – complementou D. Mariana.
D. Beatriz pediu licença aos presentes,
agora já era mais de vinte médiuns presentes, inclusive a Patrícia e disse:
- Antes de colocarmos em votação o novo
sistema de atendimento, gostaria de sugerir, para aqueles mais necessitados, um
atendimento individual, ou seja, após o atendimento coletivo faríamos o
individual.
- E quem escolheria os mais necessitados?
A senhora sabe que todos querem atendimento especial – perguntou outra médium,
a Ivete, também, colaboradora antiga do Centro.
- Esta escolha, ou melhor, classificação,
seria feito, criteriosamente, pelo dirigente do trabalho e sempre levando em conta a necessidade e não a
vontade do paciente.
- Fiquei satisfeita com os esclarecimentos
de D. Beatriz, acho que já podemos fazer a votação – complementou Ivete.
- Meus queridos irmãos, como Presidente da
Diretoria do Centro e, principalmente, como amigo, gostaria de fazer um apelo a
vocês. Estão presentes vinte e três médiuns, com este número poderemos fazer
atendimentos para vinte e três pacientes por vez, o que nos daria mais tempo
para atendermos os mais necessitados, individualmente. Portanto, peço a vocês
que façam um maior esforço para não faltarem nos dias de desobsessão.
- Sr. Mário para realizarmos esse trabalho
precisamos do mesmo número de doutrinadoresCONTINÚA AMANHÃ
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