passando a responsabilidade de pai para a senhora. Portanto, a partir deste momento, o problema vai ser resolvido a minha maneira.
- O Ronaldo não passou nada para mim, fui
eu quem o aconselhou a ir para o Escritório. Ele estava muito e não tinha
condições psicológicas para conversar com a filha.
- Não tinha condições psicológicas para resolver
à sem vergonhice da filha, mas teve para ameaçar me abandonar. Provavelmente
tem uma amante e vai aproveitar a oportunidade, dada por esta vagabunda, para
passar a morar com ela.
- A sua raiva e revolta estão lhe tirando
a razão. Você precisa ter calma, paciência e voltar a raciocinar com lógica e
equilíbrio.
- A senhora está querendo dizer que estou
ficando louca?
- Claro que não minha filha. A situação é
que não a deixa agir com moderação. Parece que você está mais preocupada em
esconder o problema dos vizinhos e amigos, do que resolvê-lo.
- Por favor, vamos encerrar o assunto para
que não nos ofendamos mutuamente. Carol suba para o seu quarto e não saia, sob
qualquer pretexto.
- A senhora poderá fazer o que quiser, até
me matar de pancada, mas não direi o nome do pai do meu filho e nem farei
aborto.
Cida partiu para cima da filha, porém, D.
Beatriz colocou-se à frente de Carol, protegendo-a contra a fúria da mãe.
- D. Beatriz saia da frente que quero
ensinar esta vagabunda a respeitar-me.
- Se você bater nela, juro que tomarei providencia
enérgica. Recorrerei a Policia e ao Juizado de Menores.
- Era só o que faltava além desta
vagabunda envergonhar a nossa família, a senhora quer aumentar o escândalo,
colocando o nosso nome nas paginas policiais. Isto é o fim do mundo.
- Você é quem está transformando a gravidez
de sua filha em escândalo. Carol troque de roupa e vamos para minha casa, lá
você será tratada como um ser humano, como uma pessoa normal.
- Nada disso, ela é minha filha e ficará
aqui até quando eu quiser.
- Muito bem, mas não esqueça, se eu tomar
conhecimento de qualquer agressão física contra ela, tomarei as providências
necessárias para retirá-la da sua guarda. Vá para o seu quarto minha filha e
qualquer coisa telefone para mim.
- Está bem vovó, não se preocupe, eles nunca
se interessaram por mim e não será agora que o farão.
- Filha eles não estão interessados na sua
situação e sim, principalmente a sua mãe, estão preocupados com o que irão
falar os vizinhos e amigos – D. Beatriz falou baixinho em seu ouvido.
Carol subiu para o seu quarto, seguida por
Cida que queria certificar-se, realmente, se ela iria ficar no castigo. Depois
que Carol entrou no quarto, Cida trancou a porta levando a chave.
D. Beatriz
despediu-se de D. Glória, dizendo:
- Glória a minha nora está fora de si. Vou
para casa, mas gostaria que você me telefonasse se ela ou o Ronaldo fizerem
alguma coisa com a Carol. Pode telefonar qualquer hora, se por acaso, eu não
estiver em casa, diga o que está ocorrendo para a Janete, que ela me localizará
onde eu estiver.
- Pode deixar D. Beatriz, qualquer anormalidade
eu lhe telefono. Acho, se a Carol ficar em seu quarto sem tentar pular a
janela, eles não farão nada contra ela.
D. Beatriz foi direto para casa. Pressentia
que aquela situação iria se agravar. Cida muito apegada aos preconceitos e
tabus da sociedade, jamais aceitaria a gravidez da filha. Se o rapaz fosse
filho de família bem situada, tentaria fazer o casamento, caso contrário,
obrigaria a filha fazer um aborto. Não, isto não poderia acontecer. Aqueles
três estavam enredados pelos erros que cometeram em reencarnações passadas,
precisando aproveitar a oportunidade, nesta reencarnação, para resgatarem suas
dividas e reconciliarem-se entre si, não poderiam cometer mais um erro
gravíssimo, praticando um aborto.
Logo que chegasse ao Centro, conversaria
com o Sr. Mário e Patrícia, para pedir conselhos e ajuda para o seu filho e a
família. Precisava fazer alguma coisa para ajuda-los. Mais do que alguém, sabia
o que estava acontecendo com aquela família, assim como, sem ajuda de fora,
eles não encontrariam a reconciliação para a qual vieram para este Planeta.
Após o almoço, deitou-se e adormeceu. Já
passava das três horas da tarde quando acordou. Imediatamente procurou por
Janete.
- Janete alguém telefonou para mim? A Glória
deixou algum recado?
- Não senhora. Não telefonaram, nem a D.
Glória.
- Não é possível, já são quase três e
meia. Vou telefonar para Carol.
O telefone de Carol estava desligado. A
chamada caia na caixa de mensagem. Resolveu telefonar para o telefone fixo,
provavelmente, seria a Glória que iria atender, caso fosse a Cida, desligaria
sem dizer nada.
- Alô, residência do Dr. Ronaldo, boa
tarde.
CONTINÚA AMANHÃ
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