permite que
possamos, na encarnação atual, reparar os erros cometidos em encarnações
pretéritas.
- D. Beatriz a senhora sabe que, como toda
a nossa família, sou católica e estudei em Colégio de Freiras, portanto não
acredito em reencarnações. O que fazemos de errado em nossa vida, quando não
pagamos aqui mesmo, pagamos após a morte física. Para isso existem o purgatório
e o inferno.
- Antes de tornar-me Espírita pensava
dessa maneira, hoje, conhecendo melhor o nosso Pai Celestial não posso
acreditar que um Pai justo e bondoso, como Ele é, condene os seus filhos para
sofrerem eternamente no fogo do inferno. Na Doutrina Espírita encontrei todas
as respostas para as minhas dúvidas sobre a nossa passagem neste planeta.
- Desde os tempos de Católica sabia da
existência do nosso Espírito, mas na Doutrina Espírita encontrei justificativa
para a sua existência e a sua imortalidade.
- Minha querida sogra, a senhora está
ficando fanática. Claro que a vida justifica a existência da alma. Quando
nascemos, nasce a alma que nos acompanhará até a nossa morte, quando vai para o
céu, prestar conta de seus pecados aqui na terra. Se seus pecados forem graves
e não se arrependeu durante a vida, será condenado ao inferno, onde permanecerá
eternamente. Se seus pecados foram leves e se arrependeu, será enviado ao
purgatório, onde ficará até purgar os pecados, quando seguirá para o céu, junto
à DEUS.
- E quem é esse juiz que condena os
Espíritos a prisão perpétua?
- DEUS, o nosso Pai Celestial.
- Você já ouviu falar que um pai condenou
o seu filho a prisão perpétua ou a morte?
- Não, nunca ouvi falar sobre isso.
- E como posso acreditar que o nosso Pai
Celestial, que sabemos que é justo,
bondoso e sempre pregou o Amor, através do seu filho JESUS e seus
apóstolos, pode julgar e condenar um filho a prisão perpétua, sem dar qualquer
chance de defesa ou oportunidade de reparar os seus erros?
- Como justificar a desigualdade entre
ricos e pobres? Entre pessoas sadias e as que nascem com graves e incuráveis
doenças? Entre as pessoas que vivem até
a terceira idade, com todas as possibilidades de pecarem com aquelas que morrem
na mais tenra idade, sem pecados graves? Só encontrei na reencarnação as
respostas para essas perguntas e muitas outras.
- É. O seu ponto de vista tem alguma
lógica, mas como posso esquecer tudo que a prendi até agora, na Religião
Católica? Religião essa seguida por toda
a minha família? E, de uma hora para outra, seguir a Religião que a senhora está
propondo?
- Não minha filha. Não estou propondo que
você mude de Religião e, sim, devido os meus estudos e conhecimento da Doutrina
Espírita, sugerindo que você participe de uma reunião Espírita, para, através
das Entidades Superiores, tentarmos encontrar os motivos dessa desunião em sua
família, principalmente, após o nascimento da Carol.
- Tudo indica tratar-se de conflitos em
encarnações pretéritas.
- O que está acontecendo com a Carol é,
simplesmente, que o seu filho não quis participar da educação dela e, confesso que, sozinha não
consegui educa-la dentro dos padrões de uma família de bem. Veja o Rodrigo, um
exemplo de filho.
- O Ronaldo participou, efetivamente, de
sua educação?
- Não. Quando o Rodrigo nasceu, ele estava
muito preocupado com o emprego. Queria crescer dentro da Empresa e dizia que só
com muito trabalho e aprendizado alguém consegue escalar os degraus de uma
Empresa Multinacional, onde não existe apadrinhamento. Desde o nosso casamento,
a responsabilidade de administrar a casa foi minha e, por conseguinte, com o
nascimento do Rodrigo a responsabilidade aumentou.
- Isto quer dizer que a responsabilidade
da educação dos filhos, também, era sua.
- Sim, era minha. Porém, na época do
Rodrigo ele estava presente. Todo o fim de semana passava conosco, assim sendo,
acompanhava e aprovava a criação que dava ao nosso filho.
- Acompanhava e aprovava, mas, você não
disse que ele participava. Você não acha que o Rodrigo, desde o nascimento, foi
uma criança dócil, meiga, amorosa e mais fácil de ser educada, do que a Carol
que sempre foi, desde pequena, egoísta, orgulhosa e revoltada? Já procurou
descobrir o motivo de sua revolta? A situação econômica e financeira de vocês,
com relação a época do nascimento do Rodrigo, era bem melhor quando ela nasceu
e, quanto ao amor e a educação que você deu, foram iguais para os dois.
Portanto, aparentemente, não existem motivos para ela ser tão diferente.
- Ora, D. Beatriz, nem os nossos dedos são
iguais, quanto mais as pessoas. Quase em todas as famílias existem as ovelhas
negras.
- Muito bem. Mas como justificar essas
ovelhas negras? A Doutrina Espírita explica, através das reencarnações, que são
produtos de conflitos não resolvidos em encarnações passadas. Explica, também,
através da lógica e da ciência, que o planeta Terra é um mundo de Provas e
Expiações, para onde somos enviados para trabalhar e aprender, para o nosso
aperfeiçoamento moral. Só através do amor e da perfeição moral conseguiremos
alcançar a Felicidade Eterna.
- A senhora me convenceu, aceito o seu convite para participar de uma
Reunião Espírita.
CONTINÚA AMANHÃ
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