segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

CAMINHO VERDADE E VIDA - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO



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As cartas do Cristo

“Porque já é manifesto que sois a carta do Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 3:3.)
É singular que o Mestre não haja legado ao mundo um compêndio de princípios escritos pelas próprias mãos.
As figuras notáveis da Terra sempre assinalam sua passagem no planeta, endereçando à posteridade a sua mensagem de sabedoria e amor, seja em tábuas de pedra, seja em documentos envelhecidos.
Com Jesus, porém, o processo não foi o mesmo.
O Mestre como que fez questão de escrever sua doutrina aos homens, gravando-a no coração dos companheiros sinceros. Seu testamento espiritual constitui-se de ensinos aos discípulos e não foram grafados por ele mesmo.
Recursos humanos seriam insuficientes para revelar a riqueza eterna de sua Mensagem. As letras e raciocínios, propriamente humanos, na maioria das vezes costumam dar margem a controvérsias. Em vista disso, Jesus gravou seus ensinamentos nos corações que o rodeavam e até hoje os aprendizes que se lhe conservam fiéis são as suas cartas divinas dirigidas à Humanidade.
Esses documentos vivos do santificante amor do Cristo palpitam em todas as religiões e em todos os climas. São os vanguardeiros que conhecem a vida superior, experimentam o sublime contacto do Mestre e transformam-se em sua mensagem para os homens.
Podem surgir muitas contendas em torno das páginas mais célebres e formosas; todavia, perante a alma que se converteu em carta viva do Senhor, quando não haja vibrações superiores da compreensão, haverá sempre o divino silêncio.

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Embaixadores do Cristo

“De sorte que somos embaixadores da parte do Cristo.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 5:20.)
Na catalogação dos valores sociais, todo homem de trabalho honesto é portador de determinada delegação.
Se os políticos e administradores guardam responsabilidades do Estado, os operários recebem encargos naturais das oficinas a que emprestam seus esforços.
Cada homem de bem é mensageiro do centro de realizações onde atende ao movimento da vida, em atividade enobrecedora.
As ruas estão cheias de emissários das repartições, das fábricas, dos institutos, dos órgãos de fiscalização, produção, amparo e ensino, cujos interesses conjugados operam a composição da harmonia social.
É necessário, contudo, não esquecermos que os valores da vida eterna não permaneceriam no mundo sem representantes.
Cristo possui embaixadores permanentes em seus discípulos sinceros.
Importa considerar que na presente afirmativa de Paulo de Tarso não vemos alusão ao sacerdócio presunçoso.
Todos os colaboradores leais de Jesus, em qualquer situação da vida e no lugar mais longínquo da Terra, são conhecidos na sede espiritual dos serviços divinos. É com eles, cooperadores devotados e muita vez desconhecidos dos beneficiários do mundo, que se movimenta o Mestre, cada dia, estendendo o Evangelho aplicado entre as criaturas terrestres, até à vitória final.
Entendendo esta verdade, consulta as próprias tendências, atos e pensamentos. Repara a quem serves, porque, se já recebeste a Boa Nova da Redenção, é tempo de te tornares embaixador de sua luz.

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Agir de acordo

“Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e desobedientes, e reprovados para toda boa obra.” – Paulo. (Tito, 1:16.)
O Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, tem papel muito mais alto que o de simples campo para novas observações técnicas da ciência instável do mundo.
A Terra, até agora, no que se refere às organizações religiosas, tem vivido repleta dos que confessam a existência de Deus, negando-O, porém, através das obras individuais.
O intercâmbio dos dois mundos, visível e invisível, de maneira direta objetiva esse reajustamento sentimental, para que a luz divina se manifeste nas relações comuns dos homens.
Como conciliar o conhecimento de Deus com o menosprezo aos semelhantes?
As antigas escolas religiosas, à força de se arregimentarem como agrupamentos políticos do mundo, sob o controle do sacerdócio, acabaram por estagnar os impulsos da fé, em exterioridades que aviltam as forças vivas do espírito.
A doutrina consoladora da sobrevivência e da comunicação entre os habitantes da Terra e do Infinito, com bases profundas e amplas no Evangelho, floresce entre as criaturas com características de nova revelação, para que o homem seja, nas atividades vulgares, real afirmação do bem que nasce da fé viva.



CONTINUA AMANHÃ

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