quinta-feira, 6 de setembro de 2012

MOMENTOS DE MEDITAÇÃO - LIVRO DE DIVALDO FRANCO

CONTINUAÇÃO

8. CONHECIMENTO PARA A AÇÃO

As Leis que regem a Natureza são constante apelo ao homem que sabe investigar e deseja progredir.
Qualquer transgressão em referência aos seus códigos soberanos resulta em falta que se impõe comonecessidade de reparação.
Ninguém se lhes escapa.
Cada criatura age conforme a sua própria natureza, os seus atavismos espirituais, constituindo-lhe dever libertar-se dos negativos, os primitivos, os que o atam às expressões da sensualidade de variada gama, iniciando outras experiências que se harmonizem com a parte divina no imo adormecida.
Isto lhe ensejará a aquisição da sabedoria, emulando-o sempre ao aprimoramento do caráter.
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Um dos métodos eficientes para o desiderato é o do conhecimento que liberta da ignorância, do medo, do egoísmo e da avareza.
O passo imediato é a ação, o cumprimento dos deveres que enobrecem, embora se apresentem humildes e insignificantes, sem avançar o passo para realizar os labores do próximo, porque projetam a personalidade e promovem o orgulho, ou manter-se impassível diante da vida.
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É melhor que a desencarnação te alcance no cumprimento dos deveres do que te encontre na ociosidade dourada, na existência frívola e perfumada.
O hábito do serviço promoverá os teus valores morais, não obstante, muitas vezes, faças o que não desejas e não consigas realizar o que almejas.
Isto é natural, porque resulta dos acúmulos produzidos em outras existências corporais, que criaram os condicionamentos cujo impositivo tens que arrebentar.
A esta impulsão, o desrespeito à ordem, chamas de tentação, qual nuvem que obscurece o Sol ou
fumaça que se desprende da labareda.
Certamente o Sol e o fogo sobrepõem-se aos aparentes impedimentos pela força intrínseca de que se constituem.
Assim também o denodo e a intensidade das tuas aspirações elevadas vencerão esses inimigos, abrindo-te campo de realizações em programas mais felicitadores.
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O Apóstolo Paulo, embora de elevada estirpe espiritual, sofreu a injunção de ser tentado a fazer o que não queria, enquanto, se esforçando, não conseguia fazer sempre o que desejava.
Perseverando e desafiando-se, porém, superou-se, de tal forma, que deixou de ser ele próprio, para que o Cristo n’Ele vivesse.

9. ARTE E CIENCIA DE AJUDAR

A indiferença ante a dor do próximo é congelamento da emoção, que merece combate.
À medida que o homem cresce espiritualmente, mais se lhe desenvolvem no íntimo os sentimentos nobres.
Certamente não se devem confundi-los com os desregramentos da emotividade; igualmente não se os podem controlar a ponto de tornar-se insensível.
No bruto, a indiferença é o primeiro passo para a crueldade, porta que se abre na emoção para inúmeros outros estados de primitivismo.
A indiferença coagula as expressões da fraternidade e da solidariedade, ensejando a morte do serviço beneficente.
O antídoto para este mal, que reflete o egoísmo exacerbado, é o amor.
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Se não pretendes partilhar do sofrimento alheio, ao menos minora-o com migalhas do que te excede.
Se não queres conviver com a dor do teu irmão, ajuda-o a tê-la diminuída com aquilo que te esteja ao alcance.
Se defrontas multidões de necessitados e não sabes como resolver o problema, auxilia o primeiro que te apareça, fazendo a tua parte.
Se te irrita a lamentação dos que choram, silencia-a com o teu contributo de amizade.
Imagina-te no lugar de algum d’Eles e saberás o que fazer, como efeito natural do que gostarias que alguém fizesse por ti.
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Ninguém está seguro de nada, enquanto se encontra na Terra.
A roda das ocorrências não pára.
Quem hoje está no alto, amanhã terá mudado de lugar e vice-versa.
E não só por isso.
Quem aprende a abrir a mão em solidariedade, termina por abrir o coração em amor.
Dá o primeiro passo, o mais difícil. Repete-o, treina os sentimentos e te adaptarás à arte e ciência de ajudar.
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Há quem diga que os infelizes de hoje estão expiando os erros de ontem, na injunção de carmas dolorosos.
Ajudá-los, seria impedir que os resgatassem.
É correto que a dor de agora procede de equívocos anteriores, porém, a indiferença dos enregelados, por sua vez, está-lhes criando situações penosas para mais tarde.
Quem deve paga, é da Lei. Mas, quem ama, dispõe dos tesouros que, quanto mais se repartem, mais se multiplicam. É semelhante à chama, que acende outros pavios e sempre faz arder, repartindo-se, sem nunca diminuir de intensidade.
Faze pois, a tua opção de ajudar e o mais a Deus pertence.

CONTINUA AMANHÃ

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