CONTINUAÇÃO
ENTREVISTA COM O MÉDIUM
Ariston, há quanto tempo você é médium?
-
Desde sempre, porém trabalho nessa área há trinta anos.
É verdade que você tem recebido
mensagens de Chico Xavier?
-
Ele tem, de fato, se comunicado pela minha mediunidade.
Desde quando?
-
Quatro dias depois de sua desencarnação. Aliás, cinco dias antes de sua
partida, ele esteve conosco e deixou um aviso.
Pode nos dizer com detalhes o que
realmente aconteceu?
-
Na noite de terça feira que antecedeu o dia trinta de junho de 2002, ele
compareceu em espírito ao nosso trabalho de passes no Monte Alverne, aqui em
Brasília, e se despediu dizendo que estaria nos próximos dias retornando ao
Plano Espiritual. No domingo imediato chegou-nos a notícia esperada. Passado
algum tempo, ou seja, dia quatro de julho, quinta à noite, reunimo-nos para
fazer preces em favor do tão querido amigo. Estavam presentes apenas oito
companheiros do nosso Grupo. Houve uma incorporação sem comunicação.
-
O médium Antonio Emidio viu o espírito. A presença dele durou cerca de trinta
minutos. Usando linguagem ilustrativa, eu diria que servi de “esponja” ao
espírito recém desencarnado.
-
Absorvi suas últimas sensações de tristeza e dor.
-
foi exatamente naquele momento que ele se libertou da doença nos olhos e da
angina de peito.
Você se considera capaz de se comunicar
com o Espírito de Chico Xavier?
- Eu não me comunico com ele: ele, sim, é que quis usar minha mediunidade
psicofônica para trazer notícias.
No seu conceito, quem é Chico?
-
Para mim é um amigo.
O que garante que se trata de Chico
Xavier?
-
Uma lucidez mediúnica alcançada através dos anos com perseverança no trabalho e
nos estudos. Aliás, se DEUS, sendo a
Inteligência Suprema do Universo, manifesta-se até mesmo numa singela plantinha
dentro de uma gruta distante, porque o Espírito amigo de Chico Xavier não
poderia se comunicar através de um de nós?
Alguma semelhança entre vocês?
-
Chico é uma alma pura: eu, porém, me considero pessoa comum em constante luta
para vencer as inclinações negativas.
Você conviveu com ele?
-
Não houve convívio, propriamente. Eu o visitei muitas vezes e assim tornamo-nos
amigos.
Houve troca de confidências?
-
Sim! Sem que eu jamais deixasse de me considerar pequenino perante a grandeza
do seu coração.
O que Chico Xavier pensa dele mesmo
hoje?
-
Segundo determinada mensagem, alguém que tentou fazer aquilo que JESUS
recomendou. Ele está muito feliz.
Esse intercâmbio lhe trouxe alguma
mudança?
-
sim. Mudamos no campo da consciência. Passei a pensar mais antes de agir.
Como você reage às críticas?
-
Eu já vinha sendo preparado para esse momento. Não reajo. Continuo tranqüilo
com minha consciência.
Qual a sua relação com o filho adotivo
de Chico?
-
Respeitosa e fraterna. Euripedes Higino talvez tenha sido um dos seus melhores
amigos.
Chico pretende escrever livros por seu
intermédio?
-
Não sei. Não posso nem mesmo dizer se ele dará continuidade a esse intercâmbio.
O Espírito é livre.
Que acha dos médiuns da atualidade?
-
Estou atento ao que se passa comigo. Cada um responde pelo que faz ou deixa de
fazer. O compromisso mediúnico envolve transparência e fidelidade.
E quanto à literatura espírita?
-
Poderia estar melhor. A quantidade e o imediatismo têm prejudicado a qualidade.
Chico conversa com você freqüentemente?
-
Não. Sua presença está condicionada ao trabalho beneficente do qual faço parte.
Nada pessoal.
Você está feliz?
-
Como sempre. Essa é minha natureza mesmo nos momentos de fogo cruzado.
Dizem que ele teria deixado com duas ou
três pessoas um determinado código?
-
Onze anos antes de sua desencarnação, estivemos, Isa (minha esposa) e eu,
visitando-o em sua casa. Foram duas horas de descontração e alegria. No momento
da despedida ele nos confidenciou uma palavra código e falou do que poderia
ocorrer futuramente. Foi muito bom termos ficado com essa segurança, embora eu
possa afirmar que a minha convicção quanto ao referido reencontro é inabalável,
mesmo que ele não tivesse deixado nenhum sinal.
CONTINUA AMANHÃ
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