domingo, 8 de julho de 2012

SOMBRAS DO PASSADO - Livro de Haroldo Freitas


CONTINUAÇÃO


- Claro que não vamos abandoná-la e muito menos de não procurar uma solução para este caso. Não poderíamos tentar fazer uma desobsessão a distância?
     - Parece que é a única maneira de iniciarmos a ajuda, porém, precisamos de muita força, fé e perseverança. Acho que já se trata de um caso de possessão. Vamos convidar mais nove médiuns, os mais experientes, para amanhã à noite e tentaremos trazer os irmãos obsessores para à reunião.
     - Precisamos de cinco doutrinadores, no mínimo.
     - Eu posso trabalhar como doutrinadora.
     - Não D. Beatriz. A senhora participará da reunião como elo de atração dos obsessores, pois a senhora deve ter feito parte deste drama do passado – respondeu Patrícia.
     - Acho que não. Levo uma vida normal, sem maiores problemas, a não ser aqueles que todos nós temos.
     - O problema da família do seu filho, embora  indiretamente, a está atingindo. A senhora, seguindo a Doutrina Espírita, pratica o bem, a caridade, o amor para todos aqueles que a procuram e para muitos desconhecidos, através de atos diretos e indiretos, como as preces. Portanto, a sua mente, o seu espírito estão em nível mais alto, sintonizados com os bons espíritos. Enquanto os obsessores estão sintonizados com espíritos inferiores, tanto encarnados como desencarnados. Simplesmente, por este motivo a senhora não sofre as consequências diretamente.
     - O senhor tem razão. Coisa alguma acontece por acaso e sem a permissão de DEUS, bem como, não existe efeito sem causa. Assim sendo, com toda certeza, em encarnações passadas eu participei do processo, que atualmente vem causando todos esses transtornos em nossa família.
     - Bem, estamos combinados, amanhã mesmo iniciaremos a desobsessão à distancia. A senhora dá uma carona para Patrícia?
     - Claro que sim. Boa noite Sr. Mário.
     - Boa noite para a senhora e para Patrícia.
     O Sr. Mário fechou a porta do Centro, entrou no seu carro e foi para casa. D. Beatriz, também, foi para casa levando Patrícia. Estava muito pensativa e calada. Patrícia então perguntou:
     - A senhora parece muito preocupada, está com alguma intuição ruim?
     - Não, nada de especial. É que fiquei de telefonar para Glória para saber de noticias da Carol e já passam das onze horas. Já devem estar dormindo e vou ter que esperar até amanhã para ter noticias.
     - Não se preocupe mais do que está. Se houvesse noticias ruins a Glória telefonaria para o Centro.
     - Ela não pode fazer ligação, a Cida bloqueou os telefones. Eles só recebem chamados.
     - A Cida está jogando duro mesmo. Mas, garanto, se houvesse algum problema, a Glória usaria o celular do Rodrigo. Procure dormir tranquila, que amanhã ao acordar verá que estava preocupada sem motivo.
     - Vou tentar seguir os seus conselhos, mas algo me diz que está acontecendo alguma coisa ruim com a Carol.
     - Não está acontecendo coisa alguma. É o seu excesso de zelo com a sua neta que a faz pensar assim.
     Chegaram à casa de Patrícia, que agradeceu a carona e despediu-se. Recomendando que tivesse muita calma, fé em DEUS e fizesse uma prece para os Espíritos Protetores e ao Anjo de Guarda da Carol, para protegê-la e orientá-la neste momento difícil que estava passando.
     D. Beatriz perguntou se estava vendo alguma coisa sobre a sua neta e o porquê daquela recomendação de fazer uma prece para o Anjo da Guarda.
     Patrícia disse que não era nada especial, simplesmente, pedir aos Espíritos Protetores e ao Anjo da Guarda proteção para alguém que está passando por dificuldades é a coisa mais natural do mundo, principalmente, para elas que eram Espíritas.
     D. Beatriz aceito as ponderações de Patrícia e chegando em casa, não encontrando recado algum, foi para seu quarto fazer as suas orações, assim, também, as recomendadas pela sua amiga. Mesmo assim, não conseguia adormecer. A situação da neta não saía da sua mente. Se os seus pais pensassem como ela, tudo seria mais fácil de ser resolvido, mas aquelas cabeças duras estavam irredutíveis.
     Patrícia, ao contrário de D. Beatriz, ao chegar em casa foi para o seu quarto, concentrou-se e deu passagem para a sua Entidade, que desde que ela entrou no carro, pedia para ser incorporada. Já incorporada pela Entidade, pegou uma caneta e uma folha de papel e psicografou a seguinte mensagem.
     “Diga a irmã Beatriz que não fique mais preocupada que está, com a noticia que vai receber amanhã, logo cedo”. “Tudo se resolverá no devido tempo”. “Porém, vocês precisam fazer o trabalho que combinaram e tem que ser o mais rápido possível”. “Todos os participantes, que não poderão faltar ou ser substituídos, devem estar imbuídos de muita fé, amor e perseverança”. “Este trabalho deverá ser realizado de segunda à sábado, durante quinze dias e sempre no mesmo horário”. “No décimo sexto dia vocês terão uma surpresa, principalmente a irmã Beatriz”. “Neste mesmo dia retornarei para dar novas instruções”. “A irmã Patrícia deverá dar conhecimento, desta escrita, somente para os componentes do grupo 

CONTINUA AMANHÃ

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