CONTINUAÇÃO
- Muito bem, realmente já está tarde. Vamos
para casa e que DEUS nos acompanhe. Boa noite para todos.
Despediram-se e foram para as suas casas.
D. Beatriz, todos os dias, dava carona para Patrícia, uma jovem de vinte e dois
anos, que morava perto de sua casa. Patrícia era médium da casa e muito
estudiosa do Espiritismo. Dentro do carro ela disse para D. Beatriz.
- D. Beatriz, o problema da sua nora é
muito grave. Enquanto o Sr. Mário falava com a senhora, entrei em sintonia com
a minha Entidade e ela disse que, além do problema da encarnação passada entre
o seu filho, sua nora e sua neta, a D. Cida é médium e precisa desenvolver a
sua mediunidade para poder ajudar os necessitados. Como à senhora bem sabe, a
mediunidade não é dom, mas compromisso assumido com a espiritualidade na
ocasião da reencarnação.
- Evidentemente que são compromissos que
assumimos na erraticidade, porém, depois de reencarnados optamos para as
atividades que nos dão dividendos materiais. Quanto aos esclarecimentos da sua
Entidade, ela disse o motivo que impediu a minha nora de vir ao Centro?
- Não especificamente, mas disse que foi
um desentendimento entre ela e a filha.
- Provavelmente a Cida foi repreendê-la
por ter chegado tarde na noite do sábado e, discutiram.
- Foi mais do que isso. Mas não se
preocupe, já está tudo calmo. Amanhã, logo cedo, ela virá em sua casa.
- Patrícia você não acha melhor eu ir à
sua casa agora?
- Não D. Beatriz. Desde quando comecei a
frequentar o Centro a senhora já fazia parte do seu quadro de médiuns,
portanto, longe de eu querer dizer como à senhora deve proceder, mas, como se
trata de um caso familiar, pediria que o enfrentasse com calma e serenidade.
Acho até que seria interessante a senhora passa-lo para outro médium. Temos
ótimos médiuns no Centro. Sérios e de confiança, tenho absoluta certeza que não
medirão esforços para solucionar este caso.
- Patrícia você é tão jovem, porém muito
experiente e sensata. Se eu levar a minha nora, amanhã à noite no Centro, você
conversa com ela?
- Claro que sim. Terei o maior prazer em
ajuda-la, pois ela está precisando de muita ajuda. O seu filho a ama muito, mas
se continuar assim, logo o casamento será desfeito.
- Chegamos à sua casa. Amanhã nos encontraremos
no Centro. Boa noite e muito obrigado pelas suas palavras de conforto e esclarecedoras.
- Boa noite. A senhora não tem nada a agradecer,
se não nos ajudássemos mutuamente como seria a nossa passagem neste Planeta?
Patrícia entrou em sua casa e D. Beatriz seguiu.
Chegando em casa, embora com vontade de telefonar para Cida, resolveu seguir os
conselhos de Patrícia, que apesar de ter idade de ser sua neta, era uma médium
muito bem conceituada no Centro, por seu comportamento, simplicidade,
humildade, caráter e, também, pela maneira bondosa de tratar as pessoas que a
procuravam.
Quase não conseguiu dormir e logo ao clarear
o dia levantou-se para telefonar para Cida, mas lembrou dos conselhos de
Patrícia e resolveu aguardar a vinda ou telefonema da nora, para explicar os
motivos que a impediram de ir ao Centro, na noite passada.
Passava das dez horas e Cida, ainda, não dera
noticias. Pegou o telefone e ligou.
- Bom dia Glória. Gostaria de falar com a
minha nora.
- Bom dia D. Beatriz. A d. Cida não está.
Ela saiu cedo, antes das sete horas, dizendo que ia ao aeroporto esperar o Sr.
Ronaldo.
- Ótimo. Esta é uma boa noticia. Ele deve
ter telefonado ontem a noite e hoje ela foi busca-lo. Graças à DEUS a vida
deles está voltando ao normal.
- D. Beatriz foi a D. Cida que telefonou
para ele e discutiram muito, como sempre, o motivo foi a Carol. D. Cida foi
para o aeroporto chorando muito, não tomou nem café.
- Porque você não telefonou para mim antes
dela sair?
- Desculpe, mas estava tão aflita que nem
lembrei.
- Você sabe o horário da chegada do Ronaldo?
- Não, mas a Carol disse que ele
deveria chegar às dez horas e viria
direto para casa, conversar com ela. Ela, também, está chorando muito.
- Ela já levantou?
- Já.
- Por favor, Glória, gostaria de falar com
ela.
- Um momento vou chama-la.
Demorou aproximadamente cinco minutos para
Carol atender ao telefone, mas, para D. Beatriz, pareceu que foram horas.
- Bom dia vovó.
- Bom dia Carol. O que está acontecendo?
- Nada de anormal para uma mãe normal, mas
como à senhora sabe a sua nora não é normal – respondeu Carol com a voz embargada
pelo choro.
CONTINUA AMANHÃ
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