sábado, 23 de junho de 2012

SOMBRAS DO PASSADO - Livro de Haroldo Freitas

                                             
            SOMBRAS DO PASSADO
                  Livro de Haroldo Freitas

 ESPIRITISMO CRISTÃO 

 ESPIRITISMO, como ensina André Luiz, é a revivescência do Evangelho de Nosso Senhor JESUS CRISTO, e a mediunidade constitui um dos fundamentos vivos. A mediunidade, porém, não é exclusiva dos chamados “médiuns”. 
Todas as criaturas a possuem, porquanto significa percepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. 
Não bastará, entretanto, perceber. 
É imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério do bem. 
Para certificarmo-nos desta verdade e alcançarmos esta realidade, procuremos conhecer o Atos dos Apóstolos e as Epístolas desses primeiros seguidores de JESUS, bem assim, estudar o Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, quando então, verificamos que, efetivamente, a Doutrina Espírita ou Espiritismo é o Evangelho de Nosso Senhor JESUS CRISTO, vivido e sentido, como viveram e sentiram os primeiros discípulos do Mestre Inesquecível. 
Aliás, quando nos adverte Emmanuel, nesta síntese admirável: “Espiritismo, revivendo o Cristianismo, eis a nossa responsabilidade”. Neste passo, lembremo-nos de que, chegados os tempos, fez-se a LUZ, com a vinda do Cristo de DEUS-JESUS. 
Se continuarmos na sombra, a culpa é nossa. 
Despertemo-nos, portanto, para a LUZ e assim, dissipemos a sombra que ainda envolve a nossa caminhada. 
Sigamos à frente, servindo e confiando em DEUS. - 

- Vovó não aguento mais a minha mãe. Parece que ela não gosta de mim. Proibi-me de tudo, até de sair com meus colegas. Chegou ao cúmulo de querer ir à casa de uma amiga minha para conversar com os pais dela, só por que disse que íamos para um aniversário e dormiria na casa dela. 
- Calma minha filha, ela só quer o seu bem. 
- Como o bem vovó? Ela não tem confiança em mim e quer levar-me ao ridículo. Já fiz quinze anos e tenho colegas de treze e quatorze que vão para onde querem e sabe por quê? Os seus pais têm confiança nelas. A mamãe quer criar-me como foi criada. 
-  E você acha que ela não foi bem criada? 
- Não é isso Vovó, os tempos mudaram. Não estamos mais nos anos setenta. Falta um pouco mais de um ano para entrarmos no terceiro milênio. 
- Minha Neta, os anos passam, as modas mudam, mas o bom caráter e a boa moral, não. 
- Vovó é ridículo, toda vez que peço para sair à noite, com meus colegas, ela diz só deixa se for junto. Já pensou eu chegar a um Barzinho com a minha mãe a tiracolo? Ia ser gozada pelo resto da vida. 
- Você precisa entender a sua mãe. Converse com ela, uma conversa franca, sem pré-julgamento e preconceito. Garanto que, depois dela expor as suas razões, você a entenderá. 
- Acho muito difícil haver um diálogo entre nós. Ela não aceito o meu conceito de vida e eu não aceito o seu modo repreensivo de criação. 
- Carol prometo que irei falar com ela a seu respeito. Agora, conte-me como vai no novo Colégio? Os colegas são bons? E nas matérias, você está tendo dificuldades? 
- Não vai adiantar alguma coisa a senhora falar com a mamãe. Acho que ela tem algum trauma de infância. Provavelmente, foi muito reprimida pela minha avó e, agora, está indo à forra comigo. O Colégio e os alunos são iguais ao anterior. 
- Não adianta trocar de Colégio, professores e colegas, o meu ideal não muda. Preciso, literalmente, de liberdade para ter condições de escolher o que é melhor para mim. Não uma liberdade vigiada, ou melhor, policiada, como no tempo da Ditadura. 
Caroline tinha quinze anos. 
Filha de Ronaldo e Maria Aparecida, que tinham mais um filho, o Rodrigo, atualmente, com vinte anos e no quarto ano de Medicina. 
Rodrigo nunca dera trabalho aos pais, tanto nos estudos como na sua vida particular, inclusive na adolescência. 
Carol, ao contrário, estava deixando os pais de cabelos brancos. 
Estava na sexta série há dois anos e andando com uma turma do Colégio, nada recomendável. 
Para tentar mudar a situação, sua mãe, D. Cida, a transferiu para um Colégio mais rígido e administrado por Freiras. 
Todavia, quanto às amizades parece não ter dado resultado positivo. 
Carol continua saindo com os colegas do antigo Colégio. 
O relacionamento entre mãe e filha era o pior possível. Não conseguiam conversar sem discutir. 
A cada dia o diálogo ficava mais difícil. 
Ronaldo, executivo de uma Empresa Multinacional, devido a reuniões e viagens,

CONTINUA AMANHÃ

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