segunda-feira, 18 de junho de 2012

RANBO UM GRANDE ANIGO - Livro de Haroldo Freitas

CONTINUAÇÃO 

fazendo uma tremenda festa, cada um querendo demonstrar mais alegria e felicidade. 
Ao encontrarmos a casa suja, eles não vinham nos receber e, bastava chamá-los para saber quem era o autor. 
Quando era ele, vinha com a cabeça baixa e, ao chegar junto a nós, olhava-nos com os olhos tristes, parecendo dizer: - Desculpa, não consegui segurar até ser levado à rua. Prometo não fazer mais. 
Adorava ser escovado. Era só ver a escova em nossa mão, corria para junto e, se quiséssemos, passaríamos horas e horas escovando-o. 
Bem diferente do seu filho, o Júnior, que para ser escovado é preciso agarrá-lo a força e no primeiro descuido ele foge. 
Agora vem a parte triste de nossa narrativa. 
Antes, porém, gostaríamos de comentar sobre uma “Nota fúnebre de um cachorro.” 
Assistimos uma reportagem no Fantástico, programa da Rede Globo, sobre uma Nota Fúnebre de um cachorro chamado Pixote. 
Na referida reportagem, algumas pessoas entrevistadas foram contra, dizendo que as colunas de Óbitos, nos Jornais, são destinadas para comunicação de falecimento de pessoas humanas e não de animais. 
Entretanto, outras, em número bem menor, foram favoráveis. 
Nós ficamos com as últimas, por que sabemos o que os donos do Pixote estão sofrendo com o seu falecimento.  
Como foi dito na reportagem, o casal nunca teve filhos e o considerava como se assim fosse. 
 Nós que acabamos de perder o nosso grande amigo, sabemos a dor que este casal está sentindo. 
Existem muitos Pixotes e Rambos que nos dão “Companhia, Amor, Carinho, Fidelidade, Obediência, Proteção, etc.” e não pedem nada em troca, a não ser a permissão para permanecerem ao nosso lado, carinho (como passar a mão em suas cabeças) e algumas palavras amigas. 
Voltemos ao Rambo. 
O início do fim começou quando o nosso amigão caiu da escada que dá acesso à porta de entrada e, em consequência, mordeu o lábio superior, cujo ferimento não parava de sangrar. 
Usamos todos os remédios que tínhamos em casa, para estancar o sangue. 
Quando pensávamos ter conseguido, o liberávamos para comer e andar pela casa. 
Quando íamos ver como ele estava, o encontrávamos lambendo-se e todo sujo de sangue. 
No outro dia o Veterinário receitou um medicamento injetável e depois de duas aplicações conseguimos acabar com a hemorragia. 

Voltemos um pouco no tempo. 

CONTINUA AMANHÃ

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