quarta-feira, 20 de junho de 2012

RAMBO - UM GRANDE AMIGO - Livro de Haroldo Freitas

CONTINUAÇÃO 

Tínhamos acertado que, depois de levar os resultados a Veterinária e de posse da receita, ela passaria na Farmácia e voltaria imediatamente para casa, pois, achávamos que o seu estado estava piorando por falta da medicação adequada. 
Por volta das 16 horas o telefone tocou, corremos para atender. 
- Alô, é você? Já comprou os remédios? 
Venha logo, para iniciarmos imediatamente a medicação. Ele está piorando. 
Ela começou a chorar e aos soluços disse: 
- O nosso amigo não tem mais cura. 
A Veterinária disse que o estado dele é irreversível e não iria receitar nada, pois, ainda não existe remédio para esta doença, no estágio que está. 
Chorando, respondemos: - Venha logo para casa. 
Aqui conversaremos melhor. 
Voltamos para junto do nosso amigo e não conseguimos segurar as lágrimas. 
Só nos restava pedir à Deus que permitisse o milagre que devolvesse a saúde do Rambo. 
Oramos e, nas nossas preces, rogamos pela saúde do nosso amigo, porém, que tudo fosse feito conforme a vontade de Deus, pois sabemos que Ele é bom e justo, portanto, só permitiria que acontecesse o melhor. 
Todavia, não conseguíamos dominar a nossa emoção e angústia, com a provável perda do nosso amigão e as lágrimas não paravam de cair. 
As horas passavam lentamente. 
Ao anoitecer o clima e o ambiente ficavam mais tristes e amargos. 
O Rambo não aceitava mais o soro caseiro. A sua hora se aproximava. 
A nossa fé em Deus fazia acreditar em milagres e dizíamos, tentando enganar a nós mesmos: 
- Amanhã ele vai amanhecer curado. 
Por volta das 21 horas, subimos e o levamos para o nosso quarto. 
O colocamos em nossa cama e não parávamos de acariciá-lo, pedindo a Deus pela sua saúde. Embora fechasse os olhos, não conseguia dormir e a qualquer barulho ou a aproximação do Junior, abria os olhos. 
Achamos que seria melhor coloca-lo no outro quarto, pois, talvez, estando só e quieto conseguisse dormir. 
Deveria ser mais ou menos, 22 horas quando o transferimos de quarto. 
Não conseguíamos dormir, fomos vê-lo várias vezes. 

 CONTINUA AMANHÃ

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