CONTINUAÇÃO
Tínhamos acertado que, depois de levar os resultados a Veterinária e de posse da receita, ela passaria na Farmácia e voltaria imediatamente para casa, pois, achávamos que o seu estado estava piorando por falta da medicação adequada.
Por volta das 16 horas o telefone tocou, corremos para atender.
- Alô, é você? Já comprou os remédios?
Venha logo, para iniciarmos imediatamente a medicação. Ele está piorando.
Ela começou a chorar e aos soluços disse:
- O nosso amigo não tem mais cura.
A Veterinária disse que o estado dele é irreversível e não iria receitar nada, pois, ainda não existe remédio para esta doença, no estágio que está.
Chorando, respondemos:
- Venha logo para casa.
Aqui conversaremos melhor.
Voltamos para junto do nosso amigo e não conseguimos segurar as lágrimas.
Só nos restava pedir à Deus que permitisse o milagre que devolvesse a saúde do Rambo.
Oramos e, nas nossas preces, rogamos pela saúde do
nosso amigo, porém, que tudo fosse feito conforme a vontade de Deus, pois sabemos que Ele é bom e justo, portanto, só permitiria que acontecesse o melhor.
Todavia, não conseguíamos dominar a nossa emoção e angústia, com a provável perda do nosso amigão e as lágrimas não paravam de cair.
As horas passavam lentamente.
Ao anoitecer o clima e o ambiente ficavam mais tristes e amargos.
O Rambo não aceitava mais o soro caseiro. A sua hora se aproximava.
A nossa fé em Deus fazia acreditar em milagres e dizíamos, tentando enganar a nós mesmos:
- Amanhã ele vai amanhecer curado.
Por volta das 21 horas, subimos e o levamos para o nosso quarto.
O colocamos em nossa cama e não parávamos de acariciá-lo, pedindo a Deus pela sua saúde.
Embora fechasse os olhos, não conseguia dormir e a qualquer barulho ou a aproximação do Junior, abria os olhos.
Achamos que seria melhor coloca-lo no outro quarto, pois, talvez, estando só e quieto conseguisse dormir.
Deveria ser mais ou menos, 22 horas quando o transferimos de quarto.
Não conseguíamos dormir, fomos vê-lo várias vezes.
CONTINUA AMANHÃ
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