quinta-feira, 14 de junho de 2012

RAMBO UM GRANDE AMIGO - LIVRO DE HAROLDO FREITAS

 CONTINUAÇÃO

Neste dia, saímos cedo do serviço e antes das 18 horas já estávamos em casa. 
Nos outros dias também. 
Dizíamos, a nós mesmos, que tínhamos medo da reação dele, que a se ver só durante o dia todo, aprontasse alguma coisa no apartamento. 
Mas, em verdade, o que queríamos era estar junto dele. 
Durante estes oito anos que passou conosco, só nos trouxe alegrias e felicidade. 
Nunca rosnou para nós ou deixou de atender um chamado nosso. 
Não precisava ser amarrado ou amordaçado para tomar vacinas, injeções, remédios ou fazer coleta de sangue para exames. 
Conosco nunca foi agressivo. Com pessoas estranhas só se tornou agressivo em três ocasiões, conforme descrevemos. 

Em uma tarde que estávamos passeando em uma Praça, perto do nosso apartamento, vimos dois adolescentes brigando, com vários adultos incentivando-os. 
Aproximamo-nos para separá-los e, segurando a coleira do Rambo com uma mão e com a outra um dos garotos. 
Ficamos entre os dois. 
Porém, o outro, vendo o seu adversário seguro, resolveu ataca-lo com um pedaço de madeira. Como estávamos na frente, provavelmente, seríamos o primeiro a ser atingido. 
Quando ele levantou a Madeira, o Rambo, que estava ao nosso lado, pulou em cima dele, só não o mordendo porque estávamos segurando a coleira e o agressor recuou e saiu correndo. 

O segundo caso, foi quando o levamos, pela primeira vez, para ser tosado. 
Durante o banho e tosa com a tesoura, estava tudo bem, mas, quando o tosador ligou a máquina elétrica, para passar na costa, o nosso amigo ficou uma Fera e não o deixou aproximar-se. 
A tosa foi feita, totalmente, com a tesoura. 

Finalmente, a terceira vez, foi em nosso apartamento, com um menino de, aproximadamente, três anos. 

Todas as crianças, filhos de nossos parentes e amigos, que frequentam a nossa casa, adoravam brincar com ele, pois, era dócil e gostava de crianças. Devido ao seu tamanho, algumas montavam nele como se fosse um cavalinho. 
O Rambo estava deitado embaixo da mesa de jantar e o menino foi até ele. Repentinamente, ouvimos um latido forte, como se estivesse atacando um inimigo e, e seguida, o choro do menino. 
Corremos todos para a sala e encontramos o menino apavorado, em baixo da mesa, e o Rambo no meio da sala. 
O menino estava sem um arranhão, somente com medo. Até hoje não sabemos o que aconteceu, mas acreditamos que o menino bateu em lugar muito sensível, como por exemplo, nos olhos ou nos testículos.

 CONTINUA AMANHÃ

Nenhum comentário: