quarta-feira, 13 de junho de 2012

RAMBO UM GRANDE AMIGO - LIVRO DE HAROLDO FREITAS

CONTINUAÇÃO 

 Pulava e lambía-nos. 
Os seus olhos brilhavam de alegria. 
Porém, apesar de tanta festa, notamos que ele olhava, constantemente, para a porta da rua. 
Como não tinha feito qualquer necessidade fisiológica, desde o momento que nos encontramos, resolvemos levá-lo para dar uma volta na rua. 
Para nossa surpresa, logo ao sair do portão do prédio, ele deu uma prolongada urinada, aproximadamente, de trinta segundos. 
Andamos alguns metros e abaixou-se e obrou. 
Ainda estava com desarranjos intestinais. 
Demos uma volta na quadra e voltamos para casa. 
Ao entrarmos encontramos a Graça preparando o café. 
Depois da festa feita pelo Rambo ao encontrá-la, falei: 
- Você sabe por que o Rambo estava fazendo barulho ontem a noite? -
 Acho que estava sentindo a nossa falta – respondeu. 
- Em parte, talvez, tenha sido isso, porém, acho que o motivo principal foi a necessidade fisiológica. 
Tão logo saímos na rua, ele urinou e defecou em grande quantidade e, tem mais, está com problema estomacal.
- Coitadinho, deve ter passado uma noite horrível. 
-Porque não fez no jornal que colocamos no banheiro?
 - Provavelmente por que foi ensinado a não fazer as necessidades fisiológicas dentro de casa. 
Como não temos quintal, teremos que levá-lo, pela manhã e a tarde, para dar um passeio na rua. 
Mas, isso, sem dúvida alguma, será um prazer para nós. 
Hoje, encontramos algumas pessoas, fazendo cooper na orla, que admiraram o tamanho e a beleza dele. 
 - Pela manhã não haverá problema, mas, a tarde, quando atrasarmos no serviço, ele ficará apertado. 
- Uma vez ou outra, acho que não haverá problema. 
-Hoje, por diversos motivos, ele estava bastante apertado, porém, conseguiu esperar até amanhecer. 
-É isso mesmo. 
-Nunca chegamos após as 20 horas. 
-Vou providenciar um remédio para dor de barriga. 
-Vamos Rambo tomar remédio para ficar bom. 
Parecendo entender as nossas palavras, ele a seguiu até o banheiro, onde ela deu o remédio. Enquanto tomávamos café e, posteriormente, trocávamos de roupa, o nosso gato, o Pelé, e o nosso hóspede conheceram-se e fizeram amizade. 
Ao sairmos para o trabalho, por precaução, prendemos o Pelé no quarto e o deixamos solto no apartamento.

CONTINUA AMANHÃ

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