sexta-feira, 13 de abril de 2012

MOMENTO DE REFLEXÃO

AS NEUROSES

Diferentemente do que os humanos possam considerar, neuroses é um termo que engloba qualquer desvio da criatura do seu ponto de equilíbrio e os comportamentos decorrentes de seu estado. As neuroses não são distúrbios de origem propriamente cerebral, embora o envolvam como transdutor.
É muito difícil para qualquer ser encarnado se encontrar em perfeito equilíbrio psíquico e espiritual e, portanto em harmonia com o Universo. À grande gama de variações desses desequilíbrios de pequena ou ampla duração é que chamamos, genericamente, de neuroses. Mas o que seria desequilíbrio ou afastamento do padrão Universal?
No processo evolutivo em que estamos todos envolvidos, temos crescido por tentativa e erro, buscando respostas, tateando situações e satisfações. Nas diferentes encarnações nas quais acumulamos dores, aprendizados, momentos, ternuras, ódios, desavenças, ignorância de vida e primórdios de fé, vamos caminhando numa constante oscilação, como um pêndulo, apenas ainda com movimentos desarmônicos. A soma desses desequilíbrios e a ânsia de buscar e encontrar a Verdade nos trazem as neuroses. Estas são estados psíquicos que refletem o nível espiritual de uma determinada faceta do nosso Eu, e que, muitas vezes, por falha dos processos de bloqueio, afloram para o cérebro, sendo codificadas segundo sua frequência desarmônica, em comportamentos que são classificados e subdivididos pelos cientistas como os diferentes tipos e graus de neuroses.
Junte-se à busca e ao desequilíbrio natural do Ser suas dores, emoções, frustrações e devaneios de vidas passadas não aceitos ou não convenientemente conhecidos e vencidos e teremos o coquetel das chamadas neuroses maníaco-depressivas.
Juntem-se a esses fatores os horrores das batalhas e dos campos de concentração do passado ou mesmo do presente e teremos as neuroses de perseguição, as visões terríficas e por fim os estados de prostração. E assim para cada tipo de neurose que encontramos nos compêndios psiquiátricos, vocês poderão acrescentar o componente não esclarecido para esta criatura em tempos remotos ou recentes. Mas não são apenas esses comportamentos bastante característicos que se agrupam como neuroses. A irritação diária, a maledicência constante e prazerosa, a vingança, a maldade consciente ou não, enfim, muitos dos atributos considerados como próprios dos humanos são aspectos da neurose, em graus não considerados por vocês, por constituírem o comportamento considerado comum à criatura humana.
Mas não seria a exteriorização das neuroses um mecanismo de defesa da alma? Os focos de desequilíbrio no interior do Ser necessitam "vivenciar" esses comportamentos traduzindo-o ao cérebro, ao nível espiritual.
Processo semelhante se da com os tumores do organismo somático, na tentativa de "trazer à tona" e trabalhar os processos "tumorais" ou seja, desequilíbrios do Ser.
Assim sendo, de nada adianta imporem-se às criaturas comportamentos normais conquistados pela aparência que o processo educacional permite. De nada adianta se aprender a não agredir, a não ser maledicente, a não odiar, como aprendizado superficial. Isto será um fator gerador de insatisfação e neuroses. O fundamental é tratar o âmago da neurose, o processo inicial, seja ele recentemente adquirido ou em vidas pregressas. Castigo e prisão como fator de corrigenda são inúteis, pois o aprendizado só pode surgir da compreensão de um problema ou situação. Não cabe atingir a exteriorização do mal, mas fundamental extirpá-lo na causa.
O que se faz necessário é que os profissionais desse campo tratem os sintomas como necessidade de devolver o bem individual, familiar e social do indivíduo, mas é indispensável que se trabalhe o âmago do Ser TRANSFORMANDO-O para que a cura efetiva se faça. Deixar transbordar o cálice e enchê-lo do verdadeiro vinho.
É preciso que a criatura desenvolva um trabalho comunitário e caritativo, de acordo com suas necessidades, para vencer a si própria. Não se tratam as neuroses nos divãs dos Psiquiatras nem nos consultórios dos mais eminentes Psicólogos. Nesses locais apenas se toma ciência dos problemas e se acode o Ser, tratando-o com a conversa amiga e restauradora, um verdadeiro "passe" psíquico, mas a cura só se efetuará com o trabalho árduo do Ser em seu benefício, através do autoconhecimento e do trabalho pelos outros. Mãos ocupadas descarregam mentes lotadas. Pensem, todos vocês, que nestes tempos de tanta agitação, de desequilíbrios, para que ressurja o equilíbrio, no que vocês precisam fazer: deixar aflorar as emanações da mente desequilibrada para ser passível revê-la e ajustá-la aos padrões de equilíbrio. Somente o que aflora será conhecido e, portanto passível de ser eliminado. Trabalho, ação, evangelho e fé, está é a receita para a neurose humana adquirida e a imunidade para as que cercam o s seres. Que a paz e a compreensão encontrem em vocês seu plano de reflexão.
A abrangência do termo neuroses nos levaria a muitas páginas de discussão, porém, cabe-nos apenas orientá-los e despertar-lhes a atenção para os aspectos ocultos das neuroses. O que transparece Ser já está catalogado na Literatura terrena e é motivo de estudo dos especialistas na área. O que precisamos trazer ao conhecimento é a parte oculta, que na maioria dos casos, é fundamental para a criatura.
Assim, as grandes desordens psíquicas requerem cuidados e urgência, estudo e reflexão; mas, embora aparentemente complexas e sem pronta solução, são atenuadas com os tratamentos médicos adequados e com a complementar Evangelização e desobsessão. As neuroses não exteriorizadas, entretanto, e das quais todos os seres encarnados são portadores, necessitam do socorro preventivo, da busca profunda das causas para não chegarmos às consequências; necessitam da descoberta, muitas vezes lenta, seguida pelo tratamento adequado e paciente. Assim, o primeiro passo para a análise do Ser é descobrir seus pontos de neuroses em seus diferentes graus. A busca ideal não se inicia nesse processo encarnatório, mas transcende ao tempo e ao espaço. É preciso buscar com certeza e amplidão. Faz-se necessário conhecer o comportamento atual da criatura, e através dele e do estudo profundo da psique e da Ciência Espírita, se chegar às cenas iniciais do drama humano. Somente então, com base nos fatos e com as ferramentas apropriadas trabalhar a criatura para o processo da vitória sobre si mesma. O Ser precisa saber, no momento apropriado, que cada um é médico de si mesmo e que a cura provém do nosso Eu interior, que reflete em si a perfeição.
Este tratamento preventivo se reveste de importância especialmente como mecanismo útil na Medicina Preventiva. Este, aliás, é um conceito que necessita de algumas complementações. Não são as vacinas, a higiene e os demais cuidados suficientes para prevenir a moléstia somática. Esses recursos, sim, acodem às adquiridas aqui, mas não interferem com os desequilíbrios da mente em processo evolutivo. Equilibrar o Ser em seu aspecto mental, isto sim, é dificultar a instalação da moléstia somática, que é o reflexo e evasão dos desequilíbrios. Mas o mais importante não é só a prevenção da dor por esse processo, mas o crescimento do Ser na busca incessante pelo equilíbrio. Isto é o que importa mais. Trazer mentes ao eixo Universal, trazer criaturas ao seu real desenvolvimento, utilizando as armas disponíveis no planeta, expostas pelos diferentes credos religiosos, mas com um endereço comum: o Ser em sua plenitude.
Assim, nosso empenho é que cada vez um número maior de criaturas se volte para a profunda análise de si própria, dos porquês de suas atitudes e das demais criaturas. Dilatar a observação, a percepção, a sensibilidade; especialmente os profissionais que cuidam das mentes necessitam mais desses valores do que propriamente das teorias nas quais se baseiam. Expandam suas mentes, sintonizem outras dimensões e só então poderão ajudar, de forma efetiva e definitiva, o Ser com criatura Divina em roupagem provisória em busca de si mesmo.
Pensem bem todos vocês, que o espírito busca a perfeição muitas vezes por caminhos tortuosos. Assim, o espírito em evolução vai apresentar os desequilíbrios mentais ou psíquicos inerentes à sua condição evolutiva. De nada adianta a tentativa de apressá-lo. Não aconselhamos exigir do Ser o que ele ainda não conhece u adquiriu, mas doar a ele os elementos complementares à sua evolução equilibrada. A convivência humana é o grande palco onde todos representam suas fantasias e se vestem das roupagens carnais apropriadas.
Pediríamos às criaturas que compreenderem nossas palavras que acudissem com urgência as criaturas, doando sua quota de amor, carinho, compreensão, apoio, fé, perdão, condescendência e observação a todas elas. Contem com a participação dos irmãos de luz, pois a parcela deles será mais valiosa se transmitida através de nós. Vamos todos nos unir num imenso elo de doação e amor, e assim, acrescentando o que falta a alguns, multiplicaremos as conquistas e subtraindo os aspectos indesejáveis, estaremos dividindo as dores. 
Que todos apliquemos a matemática do Mestre e que Jesus nos ampare sempre.

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