sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

SOMBRAS DO PASSADO - Livro de Haroldo Freitas - Parte 22

CONTINUAÇÃO

noite nos encontraremos no Centro e lhe contarei as novidades de hoje. Tenha, também, um ótimo dia.
Após desligar o telefone, Patrícia ficou pensando na situação daquela senhora. Ficaram mais de uma hora e meia no telefone, estava satisfeita. A conversa que tiveram foi proveitosa. D. Beatriz, ao desligar, estava consciente e resignada com os acontecimentos, bem diferente do momento que atendeu ao telefone. Tinha certeza que absorveria, da melhor maneira possível, a noticia que iria receber naquela manhã. Saiu para o serviço, embora preocupada com os problemas de sua amiga, mas com certeza que tudo seria resolvido de acordo com a vontade de DEUS. Sabendo que ELE é o nosso Pai e um pai nunca deseja o mal para seus filhos, o drama daquela família terminaria com a felicidade de todos.
Tão logo acabara de falar com Patrícia, o telefone tocou. Ansiosa atendeu.
- Alô.
- Alô, quem está falando?
- É Beatriz, pode falar Glória.
- Bom dia D. Beatriz, há mais de meia hora estou ligando para a senhora e só dava ocupado.
- Estava conversando com Patrícia, uma irmã lá do Centro. Mas, diga logo, o que está acontecendo?
- O Sr. Ronaldo queria falar com a senhora pelo telefone, mas como não conseguiu fazer a ligação, ele acabou de sair para a sua casa.
- Tudo bem Glória, mas o que está acontecendo? Diga logo, estou ficando aflita.
- O Sr. Ronaldo lhe contará tudo, ele deve estar chegando.
- Por favor, diga logo o que aconteceu. Como está a minha neta? Se você não quer falar, passe o telefone para Cida. Sinto em suas palavras que aconteceu algo muito grave e você está com medo de falar. O Ronaldo vai demorar de chegar, estou ansiosa e preocupada e notando que você está escondendo alguma coisa que aconteceu com a Carol, acho que não vou espera-lo. Vou já para aí.
- Não fique nervosa, vou lhe contar o que aconteceu, mas guarde segredo. A Cida não pode saber que lhe contei alguma coisa. Ontem à noite, quando o Sr. Ronaldo, a Cida conversou com ele e os dois subiram para falar com a Carol. Entraram no quarto e fecharam a porta. Pouco depois ouvi gritos da Carol, parece que estavam batendo nela. Meia hora depois eles saíram do quarto e eu perguntei se poderia entrar, para levar o lanche. A Cida respondeu que não e naquela noite ela não precisava lanchar, pois já tinha recebido o que merecia. Hoje cedo, quando fui levar o café, a Carol não estava no quarto. Chamei a Cida e o Sr. Ronaldo que correram para o quarto e depois de alguns minutos, descobriram que ela tinha descido pela janela e fugira. O Sr. Ronaldo ficou desesperado e queria chamar a Policia, mas o Rodrigo não deixou, dizendo que ela devia ter ido para casa de alguma colega do Colégio e logo daria noticias. Parecia que a menos preocupada era a Cida, pois a ouvi dizendo para o Rodrigo, que era melhor ela ficar na casa de uma de suas amigas, que eram da mesma laia. Alô, D. Beatriz a senhora está ouvindo?
- Estou Glória. Embora já tivesse sido avisada que receberia uma má noticia, não estava preparada para tanto. Fiquei sem ação e o coração apertado. Mas já está passando. O Rodrigo

CONTINUA AMANHÃ

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