quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SINAL VERDE - Livro de CHICO XAVIER - PARTE 13

CONTINUAÇÃO

46. Visitas Fraternas

Visita é um ato de fraternidade, do qual não convém abusar com furto de tempo ou comentário inconveniente.
Sempre que possível, a visita será marcada com antecedência, a fim de que não se sacrifique aqueles que a recebem.
A pessoa que visita outra, pelo prazer da amizade ou da cortesia, não necessitará, para isso, de tempo acima de quinze ou vinte minutos, competindo aos anfitriões prolongar esse tempo, insistindo para que o visitante ou visitantes não se retirem.
Entre os que se reencontram, haverá espontaneamente bastante consideração para que não surjam lembranças desagradáveis, de parte a parte.
Nunca abusar do amigo que visita, solicitando-lhe serviço profissional fora de lugar ou de tempo, como quem organiza emboscada afetiva.
Não se aproveitar dos minutos de gentileza, no trato social, para formular conselhos que não foram pedidos.
Calar impressões de viagens ou dados autobiográficos, sempre que não sejam solicitados pelos circunstantes.
Evitar críticas, quaisquer que sejam.
Silenciar perguntas capazes de constranger os anfitriões.
Nunca deitar olhadelas para os lados, à maneira de quem procura motivos para censura ou maledicência.

47. Visitação a Doentes

A visita ao doente pede tato e compreensão.
Abster-se de dar a mão ao enfermo quando a pessoa for admitida à presença dele, com exceção dos casos em que seja ele quem tome a iniciativa.
Se o visitante não é chamado espontaneamente para ver o doente, não insistirá nisso, aceitando tacitamente os motivos manifestos que lhe obstam semelhante contato.
Toda conversa ao pé de um doente, exige controle e seleção.
Evitar narrações ao redor de moléstias, sintomas, padecimentos alheios e acontecimentos desagradáveis.
Um cartão fraterno ou algumas flores, substituindo a presença, na hipótese de visitação repetida, em tratamentos prolongados, constituem mananciais de vibrações construtivas.
Conquanto a oração seja bênção providencial, em todas as ocasiões, o tipo de assistência médica, em favor desse ou daquele enfermo, solicita apreço e acatamento.
Nunca usar voz muito alta em hospital ou em quarto de enfermo.
Por mais grave o estado orgânico de um doente, não se lhe impor vaticínios acerca da morte, porquanto ninguém, na Terra, possui recursos para medir a resistência de alguém e, para cada agonizante que desencarna, funciona a Misericórdia de Deus, na Vida Maior, através de Espíritos Benevolentes e Sábios que dosam a verdade em amor, em benefício dos irmãos que se transferem de plano.
Toda visita a um doente - quando seja simplesmente visita -, deve ser curta.

48. Imprevistos Durante Visitas

No curso de visita determinada, calar quaisquer apontamentos ou perguntas, quando os anfitriões estiverem recebendo correspondência.
Ante uma discussão, absolutamente inesperada entre familiares, guardar discrição e respeito.
Nunca prorromper em gritos ou exclamações se um inseto ou algum pequeno animal surge à vista.
Conservar calma sem interferência, toda vez que uma criança da moradia visitada entre a receber essa o aquela repreensão dos adultos.
Abster-se de comentar negativamente os pequeninos desastres caseiros, como sejam a queda de alguém ou a louça quebrada.
Se aparecerem outras visitas, mesmo em se tratando de pessoas com as quais não nos achemos perfeitamente afinados, não nos despedirmos abruptamente e sim permanecer mais algum tempo, no recinto doméstico em que estejamos testemunhando cordialidade e acatamento.
Vendo pessoas que nos sejam desconhecidas ou que ainda não nos foram apresentadas, no lar que nos acolhe, jamais formular indagações, quais estas: “quem é este?”, “quem é ela?”, “é pessoa de sua família?”, “que faz aqui?” ou “será que já conheço essa criatura?”
Se os donos da casa estão prontos para sair, no justo momento de nossa chegada, devemos renunciar ao prazer de visitá-los, deixando-os em liberdade.
Quem visita, deve sempre levar consigo otimismo e compreensão para serem usados em qualquer circunstância.

49. Na Assistência Social

Aproximar-se do assistido, encontrando nele uma criatura humana, tão humana e tão digna de estima quanto os nossos entes mais caros.
Em tempo algum, agir sobrepondo instruções profissionais aos princípios da caridade genuína.
Amparar sem alardear superioridade.
Compreender que todos somos necessitados dessa ou daquela espécie, perante Deus e diante uns dos outros.
Colocar-nos na situação difícil de quem recebe socorro.
Dar atenção à fala dos companheiros em privação, ouvindo-os com afetuosa paciência, sem fazer simultaneamente outra cousa e sem interrompê-los com indagações descabidas.
Calar toda observação desapiedada ou deprimente diante dos que sofrem, tanto quanto sabemos silenciar sarcasmo e azedume junto das criaturas amadas.
Confortar os necessitados sem exigir-lhes mudanças imediatas.
Ajudar os assistidos a serem independentes de nós.
Respeitar as ideias e opiniões de quantos pretendemos auxiliar.
Nunca subordinar a prestação de serviço ou benefício à aceitação dos pontos de vista que nos sejam pessoais.
Conservar discrição e respeito ao lado dos companheiros em pauperismo ou sofrimento, sem traçar comentários desprimorosos em torno deles, quando a visita for encerrada.


CONTINUA AMANHÃ

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