terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

SINAL VERDE - Livro de CHICO XAVIER - Parte 12

CONTINUAÇÃO

42. Festas

Todos os motivos para festas dignas são respeitáveis, entretanto a caridade é a mais elevada de todas as razões para qualquer festa digna.
Ninguém há que não possa pagar pequena parcela para a realização dessa ou daquela empresa festiva, destinada à sustentação das boas obras.
Sempre que possível, além da sua quota de participação num ato festivo, com fins assistenciais, é importante que você coopere na venda de, pelos menos, cinco ingressos, no campo de seus amigos, a benefício do empreendimento.
Mesmo que não possa comparecer numa festa de caridade, não deixe de prestar a sua contribuição.
Festejar dignamente, em torno da fraternidade humana, para ajudar o próximo, é uma das mais belas formas de auxílio.
Se você não dança, não é aconselhável o seu comparecimento num baile.
Nos encontros esportivos, é melhor ficar à distância se você ainda não sabe perder.
Se você possui dons artísticos, quanto puder, colabore, gratuitamente, no trabalho que se efetue, em auxílio ao próximo.
Nas comemorações de aniversário, nunca pergunte quantos anos tem o aniversariante, nem vasculhe a significação das velas postas no bolo tradicional.
Conduza o empreendimento festivo, sob a sua responsabilidade, para o melhor proveito, em matéria de educação e solidariedade que sempre se pode extrair do convívio social.
Aprendamos a não criticar a alegria dos outros.

43. Divergências

Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso mesmo, guardam maneiras próprias de agir.
Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemicar, não.
Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar aversões.
Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.
Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário. Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na desincum-bência dos compromissos que assumem.
Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.
Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?
Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos fiéis às realidades essenciais.
Se alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo de crer, mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.

44. Hóspedes

Convite é responsabilidade para quem o formula.
 O hóspede receberá o tratamento que se dispensa à família.
Nenhum amigo, por mais íntimo, tomará a liberdade de chegar à residência dos anfitriões, a fim de hospedar-se com eles, sem aviso.
Se a pessoa não é convidada a hospedar-se com esse ou aquele companheiro e precisa valer-se da moradia deles para certos fins, mesmo a curto prazo, não deve fazer isso sem consulta prévia.
Se alguém procura saber de alguém, quanto à possibilidade de hospedagem e não recebe resposta, procederá corretamente, buscando um hotel, de vez que o amigo consultado talvez tenha dificuldades, em casa, que, de pronto, não possa resolver.
Um hóspede para ser educado não entra nos desacordos da família ou do grupo que o acolhe.
Em casa alheia, necessitamos naturalmente respeitar os horários e hábitos dos anfitriões, evitando interferir em assuntos de cozinha e arranjos domésticos, embora seja obrigação trazer o quarto de dormir tão organizado e tão limpo quanto possível.
Grande mostra de educação acatar os pontos de vista das pessoas amigas, na residência delas.
Na moradia dos outros, é imperioso ocupar banheiros pelo mínimo de tempo, para que não se estrague a vida de quem nos oferece acolhimento.
Fugir de apontamentos e relatos inconvenientes à mesa, principalmente na hora das refeições.
O hóspede não se intrometerá em conversações caseiras que não lhe digam respeito.
Justo gratificar, dentro das possibilidades próprias, aos irmãos empregados nas residências que nos hospedam, já que eles não têm a obrigação de nos servir.

45. Perante o Sexo

Nunca escarneça do sexo, porque o sexo é manancial de criação divina, que não pode se responsabilizar pelos abusos daqueles que o deslustram.
Psicologicamente, cada pessoa conserva, em matéria de sexo, problemática diferente.
Em qualquer área do sexo, reflita antes de se comprometer, de vez que a palavra empenhada gera vínculos no espírito.
Não tente padronizar as necessidades afetivas dos outros por suas necessidades afetivas, porquanto embora o amor seja luz uniforme e sublime em todos, o entendimento e posição do amor se graduam de mil modos na senda evolutiva.
Use a consciência, sempre que se decidir ao emprego de suas faculdades genésicas, imunizando-se contra os males da culpa.
Em toda comunicação afetiva, recorde a regra áurea: “não faça a outrem o que não deseja que outrem lhe faça”.
O trabalho digno que lhe assegure a própria subsistência é sólida garantia contra a prostituição.
Não arme ciladas para ninguém, notadamente nos caminhos do afeto, porque você se precipitará dentro delas.
Não queira a sua felicidade ao preço do alheio infortúnio, porque todo desequilíbrio da afeição desvairada será corrigido, à custa da afeição torturada, através da reencarnação.
Se alguém errou na experiência sexual, consulte o próprio íntimo e verifique se você não teria incorrido no mesmo erro se tivesse oportunidade.
Não julgue os supostos desajustamentos ou as falhas reconhecidas do sexo e sim respeite as manifestações sexuais do próximo, tanto quanto você pede respeito para aquelas que lhe caracterizam a existência, considerando que a comunhão sexual é sempre assunto íntimo entre duas pessoas, e, vendo duas pessoas unidas, você nunca pode afirmar com certeza o que fazem; e, se a denúncia quanto à vida sexual de alguém é formulada por parceiros ou parceira desse alguém, é possível que o denunciante seja
mais culpado quanto aos erros havidos, de vez que, para saber tanto acerca da pessoa apontada ao escárnio público, terá compartilhado das mesmas experiências.
Em todos os desafios e problemas do sexo, cultive a misericórdia para com os outros, recordando que, nos domínios do apoio pela compreensão, se hoje é o seu dia de dar, é possível que amanhã seja o seu dia de receber.

CONTINUA AMANHÃ

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