segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

SOMBRAS DO PASSADO - Livro de Haroldo Freitas - Parte 18

CONTINUAÇÃO

O novo método transcorreu na mais perfeita ordem, sendo aprovado por todos os pacientes, inclusive pelos Mentores Espirituais do Centro.
A primeira etapa terminou por volta das oito e meia, portanto, tinham mais de uma hora para atenderem, individualmente, os noves pacientes selecionados. Foram feitas três equipes com sete médiuns psicofônicos, sete doutrinadores e um dirigente cada uma, em salas separadas, iriam atender os pacientes selecionados na primeira etapa dos trabalhos. Esses pacientes ficaram orando e concentrados, em sala separada, aguardando o atendimento.
O atendimento era feito da seguinte maneira: O paciente ficava sentado em uma cadeira, rodeado pelos médiuns e doutrinadores, com o dirigente do trabalho em sua frente, orando e unindo as energias. Depois que o obsessor ou obsessores incorporavam nos médiuns psicofônicos, o paciente era retirado da sala e, só então, os doutrinadores iniciavam a doutrina nos espíritos obsessores, que sempre davam muito trabalho. Este atendimento individual, no mínimo, deveria ser feito por cinco vezes consecutivas para surtir efeito positivo. Para os casos mais graves, ou seja, casos de possessão, seriam necessários até trinta atendimentos.
No término dos trabalhos, alguns médiuns, entre eles D. Beatriz e Patrícia, ficaram comentando sobre o sucesso da nova maneira de atendimento e, também, fazendo sugestões para melhorarem, ainda, mais.
Eram mais de dez horas quando, finalmente, D. Beatriz ficou a sós com o Sr. Mário e Patrícia. Contou para os dois todos os acontecimentos nos mínimos detalhes e, no final, pediu para ajudarem a encontrar uma maneira de solucionar todos aqueles problemas que, dia a dia, se multiplicavam.
O Sr. Mário foi o primeiro a opinar.
- Como já tivemos oportunidade de dizer, esses problemas são oriundos de reencarnações passadas e só com um trabalho persistente de desobsessão conseguiremos algum êxito.
- Justamente isso disse para D. Beatriz e mais que qualquer pessoa, ela sabe que a origem é essa. Todavia, o grande dilema é trazê-los ao Centro. De acordo com ela, a nora tinha concordado de vir na segunda feira, porém, os irmãos obsessores conseguiram fazer aparecer um fato novo, que a fez desistir e nos deixar de mãos atadas. – comentou Patrícia.
- A situação é essa, meus irmãos. Cada vez mais a família do meu filho está desmoronando e, o que é pior, não vejo solução para evitar que isso aconteça.
-Calma minha irmã, tenha fé e equilíbrio. DEUS é nosso pai e está pronto para dar forças a todos aqueles que recorrem a sua justiça.
- Eu sei, mas parece que este é o destino deles e não podemos fazer algo para modifica-lo.
- Estou desconhecendo-a. Onde está aquela irmã espírita, paciente, equilibrada e, principalmente, crente em DEUS?
- Realmente irmãos, até eu estou desconhecendo-me. Infelizmente, ainda, somos tão imperfeitos. Quando problema é dos outros, achamos que não é tão grande e sempre temos a solução. Porém, quando o problema é nosso, achamos que é maior de todos e não existe solução. Por isso que estou pedindo ajuda a vocês e que não me deixe desanimar e desistir de lutar.

CONTINUA AMANHÃ

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