quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

SOMBRAS DO PASSADO - Livro de Haroldo Freitas - Parte 14

CONTINUAÇÃO

mais do que nunca, ela está precisando de compreensão, carinho e amor.
D. Beatriz procurava amenizar a situação e diminuir a raiva e a revolta de sua nora.
- A senhora acha que o meu momento está maravilhoso? E a vergonha que vamos passar com os comentários e mexericos dos vizinhos e amigos? Quem é a culpada desta desgraça que caiu em nossa casa? A única e exclusiva desta desgraça é essa vagabunda. Demos tudo do melhor. Bons Colégios, boa mesada, bons exemplos, como eu, seu pai e seu irmão. Nada lhe faltou e em troca olhe o que ela nos deu.
- Vocês deram, realmente, muita coisa, mas esqueceram de dar amor, carinho, amizade, diálogo e, principalmente, limite. Concordar, dizer sim é mais prático, mais cômodo e simples. O limite tem, necessariamente, de ser acompanhado de explicação r justificativa, para poder ser aceito sem ressentimentos. Será que a culpada é só a Carol?
- D. Beatriz eu lhe peço, pela nossa amizade, não interfira neste caso. Só eu e o seu filho temos o direito e obrigação de resolvê-lo. Porém, o seu filho, como sempre, está se omitindo do, passando a responsabilidade de pai para a senhora. Portanto, a partir deste momento, o problema vai ser resolvido a minha maneira.
- O Ronaldo não passou nada para mim, fui eu quem o aconselhou a ir para o Escritório. Ele estava muito e não tinha condições psicológicas para conversar com a filha.
- Não tinha condições psicológicas para resolver à sem vergonhice da filha, mas teve para ameaçar me abandonar. Provavelmente tem uma amante e vai aproveitar a oportunidade, dada por esta vagabunda, para passar a morar com ela.
- A sua raiva e revolta estão lhe tirando a razão. Você precisa ter calma, paciência e voltar a raciocinar com lógica e equilíbrio.
- A senhora está querendo dizer que estou ficando louca?
- Claro que não minha filha. A situação é que não a deixa agir com moderação. Parece que você está mais preocupada em esconder o problema dos vizinhos e amigos, do que resolvê-lo.
- Por favor, vamos encerrar o assunto para que não nos ofendamos mutuamente. Carol suba para o seu quarto e não saia, sob qualquer pretexto.
- A senhora poderá fazer o que quiser, até me matar de pancada, mas não direi o nome do pai do meu filho e nem farei aborto.
Cida partiu para cima da filha, porém, D. Beatriz colocou-se à frente de Carol, protegendo-a contra a fúria da mãe.
- D. Beatriz saia da frente que quero ensinar esta vagabunda a respeitar-me.
- Se você bater nela, juro que tomarei providencia enérgica. Recorrerei à Policia e ao Juizado de Menores.
- Era só o que faltava além desta vagabunda envergonhar a nossa família, a senhora quer aumentar o escândalo, colocando o nosso nome nas paginas policiais. Isto é o fim do mundo.
- Você é quem está transformando a gravidez de sua filha em escândalo. Carol troque de roupa e vamos para minha casa, lá você será tratada como um ser humano, como uma pessoa normal.
- Nada disso, ela é minha filha e ficará aqui até quando eu quiser.
- Muito bem, mas não esqueça, se eu tomar conhecimento de qualquer agressão física contra ela, tomarei as providências necessárias para retirá-la da sua guarda. Vá para o seu quarto minha filha e qualquer coisa telefone para mim.
- Está bem vovó, não se preocupe, eles nunca se interessaram por mim e não será agora que o farão.
- Filha eles não estão interessados na sua situação e sim, principalmente a sua mãe, estão preocupados com o que irão falar os vizinhos e amigos – D. Beatriz falou baixinho em seu ouvido.
Carol subiu para o seu quarto, seguida por Cida que queria certificar-se, realmente, se ela iria ficar no castigo. Depois que Carol entrou no quarto, Cida trancou a porta levando a chave.
D. Beatriz despediu-se de D. Glória, dizendo:


CONTINUA AMANHÃ

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