sábado, 7 de janeiro de 2012

REENCONTRO - LIVRO DE CHICO XAVIER - CAPÍTULO 13


CONTINUAÇÃO

REGRESSO INESPERADO

“Meu filho Antônio Carlos, nascido em Cruzeiro D’Oeste, Paraná, aos 24 de fevereiro de 1956, foi sempre calmo, observador e amoroso.
Muito ativo, com 4 ou 5 anos de idade já gostava de folhear revistas, pedindo-me para ler os textos das gravuras. Atendendo esta precoce manifestação, que se acentuava dia a dia, alfabetizei-o em casa, antes de iniciar o Curso Primário.
Uma forte predileção pela leitura, e posteriormente pelos estudos em geral, foi uma constante em sua vida. Em 1972, inscreveu-se na International Fellowship e conseguiu um estágio de três meses nos Estados Unidos da América, com excelente aproveitamento. Após cursar o Colegial e um período de Cursinho, não teve dificuldade em ingressar numa Faculdade. Aprovadas em duas delas, optou pela Engenharia de Barretos, SP.
Em 1975, concluindo o 2o Ano da Faculdade, dirigiu-se à nossa fazenda de Paranavaí, PR, onde passou as férias de fim-de-ano com seu pai. Regressaram a Campinas somente no final das férias, a 28 de fevereiro de 1976.
Na noite do mesmo dia da chegada, Antônio Carlos esteve com os irmãos e amigos no Tênis Clube. E, no dia seguinte, um domingo, fomos almoçar fora e voltamos todos para casa. Pouco depois, aconteceu...
Não sei explicar como pude enfrentar tanta dor... Antônio Carlos foi hospitalizado sem a menos esperança de recuperação, permanecendo em terapia intensiva até a manhã de 6 de março, quando faleceu.”
“Dois anos após o doloroso acontecimento, não tendo condições de suportar as saudades de meu filho, resolvi procurar o médium Chico Xavier, que eu conhecia somente em programas de televisão.
Dirigi-me, então, em companhia de uma amiga, à cidade de Uberaba, na expectativa de receber alguma notícia de Antônio Carlos.
No Grupo Espírita da Prece fui atendida pacientemente pelo médium, porém, muito emocionada, nada consegui dizer.
O mesmo ocorreu na segunda viagem, meses depois, quando novamente fiquei emudecida diante dele.
Somente na terceira viagem consegui identificar-me, dizendo-lhe também o nome de meu querido filho desencarnado. Nesse encontro. Chico deu-me esperanças de que, numa próxima vez, o Espírito dele escreveria uma carta para mim.
De fato, daí a três meses, com imensa felicidade recebi a primeira mensagem de Antônio Carlos, psicografada pelo Chico, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 3 de agosto de 1979.
Como agradecer tão grande bênção?
Chico amigo, você que é tão humano e simples, que Deus lhe dê muita saúde e forças para a nossa alegria.
Foi grande o conforto e a coragem que recebi através de você. Só Deus poderá lhe pagar.
Obrigada, Chico.”
Este foi o depoimento, em síntese, de D. Djanira Martins Coutinho, residente em Campinas, SP, redigido em janeiro de 1981, atendendo gentilmente nossa solicitação.
Seu filho Antônio Carlos num gesto que, posteriormente em Espírito, chamaria de lamentável, pôs fim à própria vida física, promovendo seu regresso inesperado ao Mundo Maior. Porém, voltaria três anos depois, por via mediúnica, a dialogar com sua querida mãe, como veremos no próximo Capítulo.

CONTINUA AMANHÃ

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