sábado, 22 de outubro de 2011

CARTAS DE UMA MORTA - LIVRO DE CHICO XAVIER - PARTE 18

CONTINUAÇÃO

OS DÉSPOTAS À PROCURA DA REDENÇÃO MORAL

Poderosos e déspotas romanos, inquisidores da igreja, algozes das coletividades, inúmeros tiranos de todas as épocas buscaram a purificação pelos trabalhos do cativeiro, dominando climas bravos, devassando florestas inóspitas e afrontando vexames na procura de sua redenção moral.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

MOMENTOS INICIAIS DA COLONIZAÇÃO DO BRASIL

Minha visão estendia-se mais e mais e vi o solo brasileiro habitado pelos aborígenes, admirando as suas bizarras manifestações de crença, sua maneira especialíssima de viver, vi a chegada dos primeiros colonizadores e a luta que se travou entre eles e os naturais. Auscultando os pretéritos longínquos, tenho pessoalmente razões para acreditar que o continente americano nada tinha de novo e que foi das suas grandiosas extensões que saíram, aos magotes, os emigrantes para a criação dos surtos civilizadores de outras terras.
Era para mim, portanto, um mundo novo de sensações, poder regredir ao passado, sentir a ansiedade dos agrupamentos coletivos e vibrar com a sua vida intensa.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

A FERVOROSA INVOCAÇÃO A HORUS

Certa ocasião eu quis experimentar se não poderia ver algo fora dos assuntos relacionados com o recanto do mundo em que vivera e tomei para isto, um antigo documento guardado por egiptólogos com atenção e carinho.
Tratava-se de um papiro, que trazia uma inscrição hieroglífica, da qual não pude saber de relance a expressão textual; todavia, revirando-o nas mãos, senti alguma coisa de extraordinário. Entrei em relação com o estado vibratório do seu antigo possuidor quando ali grafara o complicado texto e soube logo que se tratava de uma fervorosa invocação a Horus, formulada por um sacerdote tebano, em momento de angustiosa expectativa. O que senti, então, foi algo comparável ao que experimentam todos quantos possuem o dom da psicometria.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

NO ANTIGO EGITO

Relacionei-me com a existência do sacerdote em apreço e senti as suas impressões no instante em que formulara a sua rogativa... Vi ao meu lado a grande pirâmide e não muito longe divisei o vulto da esfinge gigantesca no deserto de areia, porém não trazia em si o vestígio do tempo e das tempestades. Sobressaía do seu aspecto imponente, grandioso, o esplendor das eras faraônicas... Lobriguei no corpo majestoso da pirâmide uma porta lateral, onde penetrei acompanhando aquele sábio egípcio em suas meditações profundas; atravessei corredores sinuosos e câmaras escuras, repletas de ar sombrio, como se fossem povoadas de espectros
ameaçadores.
Chegada a certa altura, desci por caminhos tenebrosos, onde haviam os maiores perigos para uma alma encarnada; símbolos terríveis se
apresentavam àquele iniciado e admirei a coragem desse homem de nervos férreos, que não temia a sombra, a ameaça e a morte.
Através de peripécias inenarráveis, chegamos a um templo subterrâneo de regulares proporções, entre cujas paredes se abrigavam muitos homens silenciosos, bizarramente trajados. Eu vi, porém junto deles muitos seres espirituais; e dentre os presentes destacava-se a figura majestosa e complacente de um velho que, certamente, era o supremo hierofante ou grande sacerdote da comunidade. Vi-o estender os braços horizontalmente, pronunciando palavras num idioma para mim ininteligível mas das quais pude alcançar a essência, penetrando-lhe o pensamento.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier


A VIDA, ETERNO FENÔMENO DOS JOGOS VIBRATORIOS

Assisti a cerimônias extravagantes e esquisitas, regressando, depois de terminadas, pelos mesmos caminhos a que me referi. Aquele iniciado, ao grafar as idéias no papiro, experimentava a lembrança dos seus venerandos mestres. As vibrações da sua mente haviam impregnado aquele objeto e a sua prece estava ali patente e imortal.
Concluída a minha experiência, ouvi a voz do meu guia a exclamar: - “Considera, minha filha, como todas as coisas têm a sua história!... A vida é o eterno fenômeno dos jogos vibratórios e tempo virá em que as almas na Terra compreenderão o papel do espírito na sua esfera infinita de influenciação. Nessa era nova, os homens verão mais além e hão de construir, com os seus conhecimentos, a felicidade eterna.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

CONTINUA AMANHÃ

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