sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CARTAS DE UMA MORTA - LIVRO DE CHICO XAVIER


CONTINUAÇÃO

“QUE É A VIDA SENÃO AMOR?

Lembro-me de que, certa vez, quando elevado mentor espiritual exaltava os benefícios da fraternidade, um dos ouvintes interpelou-o: - “Não se pode pregar a paz em tempo de guerra!” - “Que é a vida, meu filho, senão amor? E poderá haver amor sem paz? – replicou-lhe docemente o apóstolo. “Foi a maldade dos homens que engendrou a guerra, dizimadora dos ideais e das existências. As fúrias da impiedade varrem quase todas as extensões da Terra e os corações se dilaceram ao sopro frio da adversidade!... Poderia Deus, em sua misericórdia, sancionar esses crimes nefandos? Para sua infinita bondade não existem franceses ou alemães: há filhos bem-amados da sua sabedoria e do seu amor”.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

OS MORTOS ANÔNIMOS, O SOLDADO DESCONHECIDO

Houve, porém, na grande assembléia, que ouvia aquela voz estranha, um surdo clamor de protesto.
“Serenai o vosso ânimo!” – objetou-lhes calmamente. “Em vão levantais o vosso clamor de protesto... Ouvi-me. Tendes vos preparado
convenientemente para saber a verdade. Já não podeis integrar as fileiras de combatentes que fornecem mão forte à nefasta política da incompreensão das leis divinas. Para a Terra, em cuja face presumis continuar, sois mortos anônimos, sois o soldado desconhecido. Aprouve à magnanimidade da Providência que aqui fôsseis acolhidos suavemente, sem abalos prejudiciais.
Vossos corpos estão muito distantes, no regaço da Terra benfazeja, estraçalhados por forças cegas e assassinas.
Ingressastes em outra vida. Compete-vos, portanto, esquecer os vossos dias, aniquilados pelo ódio execrando!
Considerai a lei de amor que deve unir todas as almas como laço eterno e sacrossanto!”
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

GLORIFICAÇÃO DO ESPÍRITO IMORTAL

Então, como se estivesse em ação um misterioso poder, a atmosfera transmutou-se, afigurando-me ter-se rasgado grande nuvem.
Uma paisagem maravilhosa desenhou-se na imensidade; muitas mães estendiam seus braços amorosos aos filhos sempre lembrados; muitos seres caros, chorando de emoção e alegria, vinham ao encontro daqueles corações tomados de espanto e de receio.
Uma estrada florida desdobrou-se sobre as nossas cabeças e um hino vibrante se ouviu nas vibrações do éter. Era a glorificação de ventura do espírito imortal, onde haviam sonoridades indescritíveis.
“Oh, Senhor do Universo, vós, que criaste todas as coisas, concedestelhes a beleza da imortalidade.
Sede bendito por todos os séculos dos séculos, pela dor que nos redimiu e nos lavou todas as culpas, pelas lutas onde adquirimos experiência e denodo moral, pelo vosso amor intraduzível que nos legou todas as felicidades imorredouras!
Como é grande, Senhor, o júbilo do nosso último dia na Terra, se só em vós buscávamos amparo e consolação, repouso e fortaleza, carinho e devoção!”
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

A SUPREMA HOMENAGEM

Todas as vozes então se reuniram num coro inigualável e, naquele dia, presenciando o esclarecimento de algumas almas que daquela hora em diante, se tornaram em ativas colaboradoras da beneficência sideral, assisti uma das mais comovedoras homenagens prestadas à bondade do Criador.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

CONTINUA AMANHÃ

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