segunda-feira, 25 de abril de 2011

NOSSO LAR -2ª REUNIÃO - 1ª PARTE

NOSSO LAR

ANDRÉ LUIZ (Espírito)

Obra psicografada por FRANCISCO CANDIDO XAVIER


SEGUNDA REUNIÃO

Objeto do estudo: Capítulos 5 a 10, págs. 36 a 63.

QUESTÕES PARA DEBATE

A. Quem é Lísias e que atividades estavam a seu cargo? (Nosso Lar, págs. 37 a 39. Ver item 17 do texto abaixo.)

B. Que disse Clarêncio sobre as lamentações e as queixas? (Nosso Lar, págs. 43 e 44. Ver itens 18 e 19 do texto abaixo.)

C. Como é a natureza em “Nosso Lar”? (Nosso Lar, pág. 46. Ver item 21 do texto abaixo.)

D. Que fez a mãe de André quando ele esteve no Umbral? (Nosso Lar, págs. 47 e 48. Ver itens 22 e 23 do texto abaixo.)

E. Quando e como surgiu “Nosso Lar”? (Nosso Lar, págs. 50 a 53. Ver itens 24 a 27 do texto abaixo.)

F. De que os habitantes de “Nosso Lar” se alimentam? (Nosso Lar, págs. 54 a 57. Ver itens 28 a 30 do texto abaixo.)

G. Em que consiste o aeróbus? (Nosso Lar, págs. 59 e 60. Ver item 31 do texto abaixo.)

H. Onde se localiza na colônia o Bosque das Águas? (Nosso Lar, págs. 60 a 62. Ver itens 32 e 33 do texto abaixo.)

TEXTO PARA CONSULTA

17. O amigo Lísias – Foi durante seu tratamento que André ficou conhecendo Lísias, um jovem de singular e doce expressão, que se designou como um "visitador dos serviços de saúde" e lhe relatou que somente na seção onde André se encontrava existiam mais de mil doentes espirituais. Na turma de 80 enfermos que atendia diariamente, 57 se encontravam nas mesmas condições do ex médico. E havia ainda os mutilados. O homem imprevidente, que gastou os olhos no mal, ali comparecia de órbitas vazias. O malfeitor, interessado em utilizar a locomoção fácil nos atos criminosos, experimentava agora a desolação da paralisia, quando não era recolhido absolutamente sem pernas. Os obsidiados nas aberrações sexuais costumavam chegar em extrema loucura... "Nosso Lar", explicou-lhe Lísias, não é estância de Espíritos propriamente vitoriosos. "Somos felizes – complementou o amigo –, porque temos trabalho." Depois, reportando-se ao caso de André, Lísias lembrou-lhe que a causa dos seus males persistia nele mesmo, e persistiria ainda, até que ele se desfizesse dos germes de perversão da saúde divina que havia agregado ao seu corpo sutil pelo descuido moral e pelo desejo de gozar mais que os outros. (Cap. 5, págs. 37 a 39)

18. Lamentações descabidas – Confessando a Clarêncio que as tempestades íntimas haviam voltado, André desabafou diante do ministro e lamentou tudo o que passara desde a morte do corpo. Clarêncio lhe perguntou: "Meu amigo, deseja você, de fato, a cura espiritual?" Ante a sua afirmativa, continuou: "Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios". Após lembrar-lhe que o Pai atende a todos e que atenderá, portanto, os parentes que ficaram na Terra, Clarêncio lhe disse que estaria a seu lado para resolver dificuldades presentes e estruturar projetos de futuro, mas não dispunha de tempo para voltar a zonas estéreis de lamentação. (Cap. 6, pág. 43)

19. A bênção da dor e do trabalho – "Temos nesta colônia – acentuou o bondoso ministro – o compromisso de aceitar o trabalho mais áspero como bênção de realização, considerando que a Providência desborda amor, enquanto nós vivemos onerados de dívidas." E advertiu: "Se deseja permanecer nesta casa de assistência, aprenda a pensar com justeza". Embora envergonhado de sua fraqueza, André assumiu diversa atitude. E Clarêncio mostrou as semelhanças entre o programa de trabalho na Terra e em “Nosso Lar”. “Aqui, o programa não é diferente. Apenas divergem os detalhes. Nos círculos carnais, a convenção e a garantia monetária; aqui, o trabalho e as aquisições definitivas do espírito imortal. Dor, para nós, significa possibilidade de enriquecer a alma; a luta constitui caminho para a divina realização." (Cap. 6, pp. 43 e 44)

20. Sensações novas – À medida que procurava habituar-se aos deveres novos, sensações de desafogo aliviavam o coração de André. Diminuíram as dores e os impedimentos de locomoção fácil. Mas, quando tinha recordações mais fortes dos fenômenos físicos, voltavam-lhe a angústia, o receio do desconhecido e a mágoa da inadaptação. (Cap. 7, pág. 45)

21. A natureza em "Nosso Lar" – "Nosso Lar" o impressionava. Quase tudo parecia melhorada cópia da Terra. Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. O solo era forrado de vegetação. Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos. Graciosos edifícios, nenhum sem flores à entrada, e aves de plumagens policromas, que cruzavam os ares... Extremamente surpreendido, observando o movimento do parque, identificou ali animais domésticos. Lísias explicou, então, que todo processo evolutivo implica gradação e que há regiões múltiplas para os desencarnados, como existem planos inúmeros e surpreendentes para as criaturas envolvidas de carne terrestre. (Cap. 7, pág. 46)

22. Saudades – Um pensamento martelava a mente de André: Por que sua mãe não o visitara ainda? Lísias esclareceu que ela o havia ajudado dia e noite, desde a crise que antecipou sua vinda. Foi aí, então, que André soube que sua permanência nas esferas inferiores durara mais de oito anos consecutivos e que ela jamais desanimou, intercedendo em seu favor em “Nosso Lar” e rogando os bons ofícios de Clarêncio, que passou a visitá-lo freqüentemente. "No dia em que você orou com tanta alma, quando compreendeu que tudo no Universo pertence ao Pai Sublime, seu pranto era diferente", disse-lhe Lísias. "Não sabe que há chuvas que destroem e chuvas que criam? Lágrimas há também, assim." E Lísias acrescentou: "É lógico que o Senhor não espera por nossas rogativas para nos amar; no entanto, é indispensável nos colocarmos em determinada posição receptiva, a fim de compreender-lhe a infinita bondade". (Cap. 7, pp. 47 e 48)

23. A mãe de André Luiz – Clarêncio não tivera dificuldade em localizá-lo no Umbral, atendendo aos apelos de sua mãe. André é que demorou muito a encontrar Clarêncio. E quando ela soube que ele havia rasgado os véus escuros com o auxílio da oração, chorou de alegria... André foi informado, então, de que a mãe não vivia em “Nosso Lar”, mas em esferas mais altas, onde trabalhava não somente por ele. Lísias deu-lhe, contudo, esperanças de revê-la. "Quando alguém deseja algo ardentemente, já se encontra a caminho da realização" – explicou o amigo. E o seu próprio caso servia de lição: "Anos a fio rolou, como pluma, albergando o medo, as tristezas e desilusões; mas, quando mentalizou firmemente a necessidade de receber o auxílio divino, dilatou o padrão vibratório da mente e alcançou visão e socorro". (Cap. 7, pág. 48)

24. O Ministério do Auxílio – Em “Nosso Lar”, um fato que o impressionou muito foi o espetáculo das ruas. Avenidas vastas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranqüilidade espiritual. Ele se encontrava no Ministério do Auxílio, onde se atendem os doentes, ouvem-se rogativas, selecionam-se preces, preparam-se reencarnações terrestres, organizam-se turmas de socorro aos habitantes do Umbral ou aos que choram na Terra, e estudam-se soluções para todos os processos que se prendem ao sofrimento. (Cap. 8, pp. 50 e 51)

25. Os demais Ministérios – A colônia “Nosso Lar”, dirigida por um Governador Espiritual, divide-se em seis Ministérios, orientados cada qual por doze Ministros: Ministérios da Regene-ração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina. Os dois últimos ligam a colônia ao plano superior; os quatro primeiros a aproximam das esferas terrestres. “Nosso Lar” é zona de transição. (Cap. 8, pág. 51)

26. A origem da colônia – “Nosso Lar” foi fundada por portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI. No início, foi enorme e exaustiva a luta. Os trabalhos primordiais foram desanimadores, mesmo para os espíritos fortes. Onde hoje se congregam vibrações delicadas e nobres, edifícios de fino lavor, misturavam-se as notas primitivas dos silvícolas do país e as construções infantis de suas mentes rudimentares. Os fundadores da colônia começaram o esforço, partindo da praça onde se localiza hoje a Governadoria – um palácio de magnificente beleza, encabeçado de torres soberanas, que se perdem no céu. Ali é o ponto de convergência dos seis ministérios. Todos começam da Governadoria, estendendo-se em forma triangular. (Cap. 8, pp. 52 e 53)

27. O Governador – A colônia possuía, para os trabalhos administrativos, três mil funcionários. O mais infatigável deles era o Governador, que já estava 114 anos no cargo, sem jamais tirar férias e quase nunca repousar, embora concedesse aos habitantes da colônia períodos de descanso e os obrigasse a férias periódicas. Raramente o viam até mesmo em festividades públicas, pois sua glória parecia ser o serviço perene. (Cap. 8, pág. 53)

28. Alimentação em "Nosso Lar" – Não há em "Nosso Lar" um Ministério da Economia. As atividades de abastecimento ficaram reduzidas a simples serviço de distribuição, sob o controle direto da Governadoria, mas, um século atrás, tudo era diferente. Muitos espíritos recém-chegados a “Nosso Lar” duplicavam exigências. Queriam mesas lautas, bebidas excitantes. Só o Ministério da União Divina ficou imune a tais abusos. A pedido do Governador, 200 instrutores de uma esfera muito elevada vieram a “Nosso Lar” para ensinar novos conheci-mentos relativos à ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da atmosfera. Houve, porém, grandes lutas para que isso fosse aceito. Após muita discussão e anos de estudos e excursões a planos mais elevados, os adeptos dos métodos de espiritualização foram aumentando e a idéia prevaleceu. (Cap. 9, pp. 54 e 55)

29. Protestos e rebeldia – Antes disso, registraram-se protestos públicos e atos de rebeldia, principalmente no Ministério do Esclarecimento e na Regeneração, então departamento. Ocorreram cisões nos órgãos coletivos de “Nosso Lar”, dando ensejo a perigoso assalto das multidões obscuras do Umbral, que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos serviços de Regeneração, onde grande número de trabalhadores entretinha certo intercâmbio clandestino, em virtude dos vícios de alimentação. (Cap. 9, pág. 56)

30. A vitória do bom senso – O Governador agiu energicamente: fechou o Ministério da Comunicação, isolou os recalcitrantes, advertiu o Ministério do Esclarecimento, cujas impertinências suportou por mais de 30 anos consecutivos, proibiu temporariamente os auxílios às regiões inferiores e mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para a defesa comum. "Por mais de seis meses, os serviços de alimentação, em “Nosso Lar”, foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração, e água misturada a elementos solares, elétricos e magnéticos." A colônia ficou sabendo, então, o que vem a ser a indignação do espírito manso e justo. Mas, findo o período mais agudo, a Governadoria estava vitoriosa e o próprio Ministério do Esclarecimento reconheceu o erro e cooperou nos trabalhos de reajustamento. Desde então, só existe maior suprimento de substâncias alimentícias que lembram a Terra nos Ministérios da Regeneração e do Auxílio, onde há sempre grande número de necessitados. Nos demais há somente o indispensável, isto é, o serviço de alimentação obedece a inexcedível sobriedade, reconhecendo todos que a suposta impertinência do Governador representou medida de elevado alcance para a libertação espiritual da própria colônia. (Cap. 9, pág. 57)

31. Aeróbus – André Luiz descreve o aeróbus como sendo um carro suspenso do solo a uma altura de cinco metros, do tipo funicular, em que o sistema de tração é por meio de cabos, como os teleféricos. Constituído de material muito flexível, tinha ele enorme comprimento e parecia ligado a fios invisíveis. Muito veloz, o aeróbus fazia ligeiras paradas de três em três quilômetros. (Cap. 10, pp. 59 e 60)

32. Bosque das Águas – Situado a 40 minutos de viagem de aeróbus, o Bosque das Águas, um lugar dotado de muita vegetação, com flores azulíneas e árvores frondosas, localiza-se às margens do Rio Azul, um grande rio de água cristalina que é inteiramente absorvido em grandes caixas de distribuição, para servir de alimento e remédio na colônia. Lísias explicou que o Bosque é uma das mais belas regiões de “Nosso Lar”. “Trata-se de um dos locais prediletos para as excursões dos amantes, que aqui vêm tecer as mais lindas promessas de amor e fidelidade, para as experiências da Terra”, acrescentou o amigo de André. (Cap. 10, pp. 60 e 61)

33. A água em "Nosso Lar" – Muito mais tênue e pura, quase fluídica, a água do Rio Azul é magnetizada pelos Ministros da União Divina, detentores do maior padrão de espiritualidade superior em "Nosso Lar". (Cap. 10, pp. 61 e 62)

CONTINUA AMANHÃ

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