sábado, 23 de abril de 2011

NOSSO LAR - 1ª REUNIÃO - 1ª PARTE

NOSSO LAR

André Luiz (Espírito)

Obra psicografada por Francisco Cândido Xavier

1a Reunião

Objeto do estudo: Da mensagem de Emmanuel

Questões para debate

A. Que representa a existência corpórea para nós? (Nosso Lar, págs. 10 e 11. Ver itens IV a IX do texto abaixo.)

B. Como André conceitua a vida e a morte? (Nosso Lar, págs. 13 e 14. Ver itens X a XII do texto abaixo.)

C. Que é o Umbral? (Nosso Lar, págs. 17 a 21. Ver itens 2, 3 e 7 do texto abaixo.)

D. Que razões levaram André a fracassar na existência terrena? (Nosso Lar, pág. 19. Ver item 5 do texto abaixo.)

E. Que efeito teve a prece em sua reabilitação? (Nosso Lar, págs. 23 e 24. Ver itens 8 a 10 do texto abai-xo.)

F. Quais foram os primeiros socorros recebidos por André? (Nosso Lar, págs. 26 e 27. Ver item 11 do texto abaixo.)

G. Que fato se dá em “Nosso Lar” à hora do crepúsculo? (Nosso Lar, págs. 28 a 30. Ver itens 12 e 13 do texto abaixo.)

H. Por que André foi considerado suicida? (Nosso Lar, págs. 31 a 35. Ver itens 14 a 16 do texto abaixo.)

Texto para consulta

1. Descrições da vida além-túmulo – Este livro não é único. Outras entidades já comentaram as condições da vida, além-túmulo... Certamente que numerosos amigos sorrirão ao contacto de determinadas passagens das narrativas. (Prefácio de Emmanuel, pág. 10.)

2. André Luiz após o transe da morte – Estava André convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e, no entanto, seus pulmões respiravam a longos haustos. Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível, muita vez gritou como louco, implorou piedade e clamou contra o doloroso desânimo que o subjugava... Mas, quando o silêncio implacável não lhe absorvia a voz estentórica, lamentos mais comovedores que os seus respondiam a seus clamores. Outras vezes, gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente. (Cap. 1, pág. 17)

3. O Umbral – A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa. O medo de André era grande. Onde ficaram o lar, a esposa , os filhos? Sem qualquer noção do rumo a tomar, as lágrimas lavavam-lhe incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-o a bênção do sono. Bruscamente, porém, interrompia-se a sensação de alívio, porque seres monstruosos o acordavam, irônicos, e era imprescindível fugir deles. (Cap. 1, pág. 18)

4. Necessidade de fé – Em momento algum o problema religioso surgira tão profundo a seus olhos. Os princípios puramente filosóficos, políticos e científicos figuravam-se-lhe agora extremamente secundários para a vida humana. Verificava que alguma coisa permanece acima de toda cogitação meramente intelectual. Esse algo é a fé. Essa análise surgia, contudo, tardiamente, porque ele nunca procurara as letras sagradas com a luz do coração. (Cap. 1, pág. 18)

5. Busca de bem-estar – A filosofia do imediatismo o absorvera no mundo. A existência terrestre não fora assinalada de lances diferentes da craveira comum. Conquistara os títulos universi-ários sem maior sacrifício... Perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do seu grupo familiar, mas algo o fazia experimentar a noção de tempo perdido. Não desenvolvera os germes divinos que o Senhor colocara em sua alma; ao contrário, sufocara-os criminosamente, no desejo incontido de bem-estar. (Cap. 1, pág. 19)

6. O arrependimento – “Oh! amigos da Terra! – adverte André Luiz. – Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois.” (Cap. 1, pág. 20)

7. Sofrimentos morais – "Suicida, criminoso, infame" – gritos assim cercavam André de todos os lados. Onde os sicários estavam? Quando o desespero atingia o auge, ele atacava-os, mas em vão esmurrava o ar nos paroximos da cólera. Gargalhadas sarcásticas feriam-lhe os ouvidos, enquanto vultos negros desapareciam na sombra. Fome e sede o torturavam. Crescera-lhe a barba, a roupa começava a romper-se. O mais doloroso, contudo, não era o abandono, mas o assédio incessante de forças perversas que lhe assomavam nos caminhos ermos e obscuros. (Cap. 2, pág. 21)

8. O desespero da fome – Perguntando a si mesmo se não enlouquecera, André encontrava a consciência vigilante. Persistiam as necessidades fisiológicas, sem modificação. A fome castigava-lhe todas as fibras e, nada obstante, o abatimento progressivo não o fazia cair em exaustão. De quando em quando, deparavam-se-lhe verduras que pareciam agrestes, em torno de filetes d'água a que se atirava sequioso. Muitas vezes André sugou a lama da estrada, e recordou o antigo pão de cada dia, vertendo copioso pranto. (Cap. 2, pág. 23)

9. O efeito da prece – Não raro, era-lhe imprescindível ocultar-se das enormes manadas de seres animalescos, que passavam em bando, quais feras insaciáveis. Eram quadros de estarrecer! Foi quando começou a recordar que deveria existir um Autor da Vida, fosse onde fosse. Essa idéia confortou-o. Ele, que detestara as religiões no mundo, experimentava agora a necessidade de conforto místico. E, quando as energias lhe faltaram de todo, quando se sentiu absolutamente colado ao lodo da Terra, sem forças para reerguer-se, pediu ao Supremo Autor da Natureza lhe estendesse mãos paternais, em tão amargurosa emergência. Quanto tempo durou a rogativa? André não sabe precisar; sabe apenas que a chuva de lágrimas lavou-lhe o rosto e que todos os seus sentimentos se concentraram na prece dolorosa. (Cap. 2, pág. 23)

10. Aparece Clarêncio – É preciso, diz André, haver sofrido muito para entender todas as misteriosas belezas da oração. É necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir de esperança. Foi em seguida à prece que as neblinas espessas se dissiparam e alguém surgiu, como um emissário dos Céus. Um velhinho simpático sorriu-lhe então, paternalmente: "Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara". Era Clarêncio. (Cap. 2, pág. 24)

11. Em "Nosso Lar" – Transportado num alvo lençol que funcionava à guisa de maca improvisada, André foi levado a um lugar por ele ignorado. Clarêncio, que se apoiava num cajado de substância luminosa, deteve-se à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas. Haviam chegado a "Nosso Lar". À medida que avançavam, André pôde identificar preciosas construções, situadas em extensos jardins. Conduzido a confortável aposento de amplas proporções, ricamente mobiliado, ofereceram-lhe um leito acolhedor. Em seguida serviram-lhe caldo reconfortante, acompanhado de água muito fresca, que lhe pareceu portadora de fluidos divinos. Aquela porção de líquido reanimou-o inesperadamente. (Cap. 3, pp. 26 e 27)


12. Preces coletivas – Quando chega o crepúsculo em "Nosso Lar", em todos os núcleos da colônia de trabalho estabelece-se uma ligação direta com as preces da Governadoria. André estava em seu quarto quando divina melodia penetrou o recinto, renovando-lhe as energias profundas. Com dificuldade ele agarrou-se ao braço fraternal que lhe fora estendido e dirigiu-se ao enorme salão, onde numerosa assembléia meditava em silêncio. Ao fundo, em tela gigantesca, desenhava-se prodigioso quadro de luz quase feérica. Obedecendo a processos adiantados de televisão, surgiu o cenário de templo maravilhoso. Sentado em lugar de destaque, um ancião coroado de luz fixava o Alto, em atitude de prece. Era o Governador da colônia. (Cap. 3, pp. 28 e 29)

13. Energias renovadas – Todas as residências e instituições de “Nosso Lar” estavam orando com o Governador, através da audição e da visão à distância, quando uma abundante chuva de flores azuis derramou-se sobre André e o amigo que o assistia; mas eles não conseguiram detê-las nas mãos, pois se desfaziam de leve, ao tocar-lhes as frontes, experimentando todos singular renovação de energias ao contacto das pétalas fluídicas. A primeira prece coletiva, em “Nosso Lar”, operara no ex médico completa transformação. (Cap. 3, pp. 29 e 30)

14. Suicídio – No dia imediato, ele quis levantar-se, gozar o espetáculo da Natureza cheia de brisas e de luz, mas não o conseguiu. Tornou-se claro que sem a cooperação magnética do enfermeiro ser-lhe-ia impossível deixar o leito. Mais tarde, examinado por Henrique de Luna, este lamentou tivesse ele “vindo pelo suicídio". André protestou, dizendo: "Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal..." O médico espiritual explicou-lhe então que a oclusão radicava-se em causas profundas: "Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no mundo". (Cap. 4, pp. 31 e 32)

15. Origem da doença – A oclusão derivava de elementos cancerosos e estes, por sua vez, de algumas leviandades dele no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança. Seu modo especial de agir, muitas vezes exasperado e sombrio, captara destruidoras vibrações nos que o rodeavam. A cólera é um manancial de forças negativas para nós mesmos. A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com as pessoas, a quem muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no com freqüência à esfera dos seres doentes e inferiores. Foi isso que agravou o seu estado. Todo o aparelho gástrico fora destruído à custa de excessos de alimentação e de bebidas alcoólicas. A sífilis devorou-lhe energias essenciais. O suicídio era incontestável. André jamais poderia supor, noutro tempo, que lhe seriam pedidas contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação. (Cap. 4, pp. 32 e 33)

16. Aflição nada resolve – Envergonhado, André chorou, mas Clarêncio o consolou, explicando que sua posição era a do suicida inconsciente e que centenas de criaturas se ausentam diariamente da Terra, nas mesmas condições. "Aproveita os tesouros do arrependimento, guarda a bênção do remorso, embora tardio, sem esquecer que a aflição não resolve problemas", acrescentou o bondoso ministro. (
(Cap. 4, pp. 34 e 35)

CONTINUA AMANHÃ

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