JUSTIÇA DIVINA
Estudos e dissertações em torno da obra
“O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec
“O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec
Ditado pelo Espírito EMMANUEL
23 - NA LUZ DA REENCARNAÇÃO
Trazes hoje as vísceras doentes, compelindo-te aos aborrecimentos de incessante medicação.
Elas, porém, se fizeram assim, à força de suportarem ontem os teus próprios abusos nos venenos da mesa.
Trazes hoje o corpo mutilado, obrigando-te a movimentos de sacrifício.
Tens, no entanto, o carro físico desse modo por lhe haveres gasto, ontem, esse ou aquele recurso em corridas à delinqüência.
Trazes hoje o cérebro hebetado, dificultando-te as expressões.
Mas, isso acontece porque, ontem, mergulhavas a própria cabeça em clima de trevas.
Trazes hoje a carência material por sentinela de cada dia.
Contudo, ontem atolavas o coração no supérfluo, articulado com o pranto dos infelizes.
Trazes hoje, na própria casa, a presença de certos familiares que te acompanham à feição de verdugos.
Entretanto, são eles credores de ontem, que surgem, no tempo, pedindo contas.
Todos somos capazes de fazer o melhor, porquanto, pelas tentações e provas de hoje, podemos avaliar o ponto de trabalho em que a vida nos impele a sanar os erros do passado, clareando o futuro.
Perfeição é a meta.
Reencarnação é o caminho.
E toda falha, na direção de obra perfeita, exige naturalmente corrigenda e recomeço.
24 CÉU
Aflitiva e longa tem sido a nossa viagem multimilenária, através da reencarnação, a fim de que venhamos a entender o conceito de céu.
Entre os chineses de épocas venerandas, afiançávamos que a imortalidade era a absoluta integração com os antepassados.
Na Índia bramânica, admitíamos que o éden fosse a condição privilegiada de alguns eleitos, na pureza intocável dos cimos.
No Egito remoto, imaginávamos que a glória, na Esfera Espiritual, consistisse na intimidade com os deuses particulares, ainda mesmo quando se mostrassem positivamente cruéis.
Na Grécia antiga, supúnhamos que a felicidade suprema, além da morte, brilhasse no trono das honrarias domésticas.
Com gauleses e romanos, incas e astecas, possuíamos figurações especiais do paraíso e, ainda ontem, acreditávamos que o céu fosse região deleitosa, em que Deus, teologicamente transformado em caprichoso patriarca, vivesse condecorando os filhos oportunistas que evidenciassem mais ampla inteligência, no campeonato da adulação.
De existência a existência, entretanto, aprendemos hoje que a vida se espraia, triunfante, em todos os domínios universais do sem-fim; que a matéria assume estados diversos de fluidez e condensação; que os mundos se multiplicam infinitamente no plano cósmico; que cada espírito permanece em determinado momento evolutivo, e que, por isso, o céu, em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
É por esse motivo que Allan Kardec pergunta e responde:
– Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu?
“Em toda parte. Nenhum contorno especial lhe traça limites. Os mundos superiores são as últimas estações do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vícios interditam.”
E foi ainda, por essa mesma razão que, prevenindo-nos para compreender as realidades da natureza, no grande porvir, ensinou-nos Jesus, claramente:
“O Reino de Deus está dentro de vós.”
25 - VIAJANTES
De muitos deles tiveste notícia da glória que ostentavam na Terra.
Pompeavam adornos de alto preço e chamavam-se príncipes.
Brandiam armas sanguinolentas e faziam-se chefes.
Mostravam brasões e manejavam a autoridade.
Eram mulheres primorosamente vestidas e atuavam no pensamento dos ditadores, alterando a sorte das multidões.
Entretanto, apenas viajavam no caminho dos homens...
Outros muitos conheceste de perto.
Urdiam golpes de inteligência e dirigiam enormes comunidades.
Sobraçavam livros famosos e tornavam-se mestres.
Amontoavam dinheiro e erguiam-se poderosos.
Exibiam louros da mocidade e articulavam aventuras e sonhos.
Contudo, viajavam também...
Se eram bons ou maus, justos ou injustos, realmente não sabes, porque as verdadeiras contas de cada um são examinadas além...
No entanto, não ignoras que nem o poder e nem o encargo, nem a juventude e nem o ouro, nem a fama e nem a Ciência lhes conferiram qualquer privilégio de fixação.
Todos passaram, uns após outros...
Pensa nisso e recorda que te encontras no mundo igualmente em viagem.
Ninguém te aconselha a fazer da existência o culto inveterado da morte, mas é imperioso caminhes na convicção de que a vida prossegue...
Vive, pois, de tal modo que todos aqueles que convivem contigo possam, mais tarde, lembrar-te o nome, como quem abençoa a presença da fonte ou agradece a passagem da luz.
CONTINUA AMANHÃ
Elas, porém, se fizeram assim, à força de suportarem ontem os teus próprios abusos nos venenos da mesa.
Trazes hoje o corpo mutilado, obrigando-te a movimentos de sacrifício.
Tens, no entanto, o carro físico desse modo por lhe haveres gasto, ontem, esse ou aquele recurso em corridas à delinqüência.
Trazes hoje o cérebro hebetado, dificultando-te as expressões.
Mas, isso acontece porque, ontem, mergulhavas a própria cabeça em clima de trevas.
Trazes hoje a carência material por sentinela de cada dia.
Contudo, ontem atolavas o coração no supérfluo, articulado com o pranto dos infelizes.
Trazes hoje, na própria casa, a presença de certos familiares que te acompanham à feição de verdugos.
Entretanto, são eles credores de ontem, que surgem, no tempo, pedindo contas.
Todos somos capazes de fazer o melhor, porquanto, pelas tentações e provas de hoje, podemos avaliar o ponto de trabalho em que a vida nos impele a sanar os erros do passado, clareando o futuro.
Perfeição é a meta.
Reencarnação é o caminho.
E toda falha, na direção de obra perfeita, exige naturalmente corrigenda e recomeço.
24 CÉU
Aflitiva e longa tem sido a nossa viagem multimilenária, através da reencarnação, a fim de que venhamos a entender o conceito de céu.
Entre os chineses de épocas venerandas, afiançávamos que a imortalidade era a absoluta integração com os antepassados.
Na Índia bramânica, admitíamos que o éden fosse a condição privilegiada de alguns eleitos, na pureza intocável dos cimos.
No Egito remoto, imaginávamos que a glória, na Esfera Espiritual, consistisse na intimidade com os deuses particulares, ainda mesmo quando se mostrassem positivamente cruéis.
Na Grécia antiga, supúnhamos que a felicidade suprema, além da morte, brilhasse no trono das honrarias domésticas.
Com gauleses e romanos, incas e astecas, possuíamos figurações especiais do paraíso e, ainda ontem, acreditávamos que o céu fosse região deleitosa, em que Deus, teologicamente transformado em caprichoso patriarca, vivesse condecorando os filhos oportunistas que evidenciassem mais ampla inteligência, no campeonato da adulação.
De existência a existência, entretanto, aprendemos hoje que a vida se espraia, triunfante, em todos os domínios universais do sem-fim; que a matéria assume estados diversos de fluidez e condensação; que os mundos se multiplicam infinitamente no plano cósmico; que cada espírito permanece em determinado momento evolutivo, e que, por isso, o céu, em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
É por esse motivo que Allan Kardec pergunta e responde:
– Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu?
“Em toda parte. Nenhum contorno especial lhe traça limites. Os mundos superiores são as últimas estações do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vícios interditam.”
E foi ainda, por essa mesma razão que, prevenindo-nos para compreender as realidades da natureza, no grande porvir, ensinou-nos Jesus, claramente:
“O Reino de Deus está dentro de vós.”
25 - VIAJANTES
De muitos deles tiveste notícia da glória que ostentavam na Terra.
Pompeavam adornos de alto preço e chamavam-se príncipes.
Brandiam armas sanguinolentas e faziam-se chefes.
Mostravam brasões e manejavam a autoridade.
Eram mulheres primorosamente vestidas e atuavam no pensamento dos ditadores, alterando a sorte das multidões.
Entretanto, apenas viajavam no caminho dos homens...
Outros muitos conheceste de perto.
Urdiam golpes de inteligência e dirigiam enormes comunidades.
Sobraçavam livros famosos e tornavam-se mestres.
Amontoavam dinheiro e erguiam-se poderosos.
Exibiam louros da mocidade e articulavam aventuras e sonhos.
Contudo, viajavam também...
Se eram bons ou maus, justos ou injustos, realmente não sabes, porque as verdadeiras contas de cada um são examinadas além...
No entanto, não ignoras que nem o poder e nem o encargo, nem a juventude e nem o ouro, nem a fama e nem a Ciência lhes conferiram qualquer privilégio de fixação.
Todos passaram, uns após outros...
Pensa nisso e recorda que te encontras no mundo igualmente em viagem.
No último dia da grande romagem, nada carregarás contigo do que temporariamente
desfrutas, a não ser aquilo que fizeste e colocaste em ti mesmo.
desfrutas, a não ser aquilo que fizeste e colocaste em ti mesmo.
Ninguém te aconselha a fazer da existência o culto inveterado da morte, mas é imperioso caminhes na convicção de que a vida prossegue...
Vive, pois, de tal modo que todos aqueles que convivem contigo possam, mais tarde, lembrar-te o nome, como quem abençoa a presença da fonte ou agradece a passagem da luz.
CONTINUA AMANHÃ
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