domingo, 13 de março de 2011

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

LIVRO QUARTO

NOTA EXPLICATIVA

Trecentésima Setuagésima Sétima Parte.

Essa compreensão das Leis Divinas permite a Alan Kardec afirmar que:

“O corpo deriva do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças apenas há consangüinidade.” (O Livro dos Espíritos, item 207, p. 176).


“[...] O Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria , faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor.” (Revista Espírita, 1861, p. 432)

“Os privilégios de raças têm sua origem na abstração que os homens geralmente fazem do principio espiritual, para considerar apenas o ser material exterior. Da força ou da fraqueza constitucional de uns, de uma diferença de cor em outros, do nascimento na opulência ou na miséria, da filiação consangüínea nobre ou plebéia, concluíram por uma superioridade ou uma inferioridade natural. Foi sobre este dado que estabeleceram suas leis sociais e os privilégios de raças. Deste ponto de vista circunscrito, são conseqüentes consigo mesmos, porquanto, não considerando senão a vida material, certas classes parecem pertencer, e realmente pertencem, a raças diferentes. Mas se tomar-mos seu ponto de vista do ser espiritual, do ser essencial e progressivo, num palavra, do Espírito, preexistente e sobrevivente a tudo, cujo corpo não passa de um invólucro temporário, variando, como a roupa, de forma e de cor, se além disso, do estudo dos seres espirituais ressalta a prova de que esses seres são de natureza e de origem idênticas, que seu destino é o mesmo, que todos partem do mesmo ponto e tendem para o mesmo objetivo; que a vida corporal não passa de um incidente, uma das fases da vida do Espírito, necessária ao seu adiantamento intelectual e moral; que em vista desse avanço o Espírito pode sucessivamente revestir envoltórios diversos, nascer em posições diferentes, chega-se à conseqüência capital da igualdade de natureza e, a partir daí, à igualdade dos direitos sociais de todas as criaturas humanas e à abolição dos privilégios de raças . Eis o que ensina o Espiritismo. Vós que negais a existência do Espírito para considerar apenas o homem corporal, a perpetuidade do ser inteligente para só encarar a vida presente, repudiais o único principio sobre o qual é fundada, com razão, a igualdade de direitos que reclamais para vós mesmos e para vossos semelhantes.” (Revista Espírita, 1867,p. 231)

“Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois, o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à Lei do mais forte, nenhum há que prime, em lógica, ao fato material da reencarnação. Se, pois, a reencarnação funda numa Lei da Natureza o principio da fraternidade Universal, também funda na mesma Lei de igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade.” (A Gênese, cap. I, item 36, p. 42-43. Vide também Revista Espírita, 1867, p. 373).

CONTINUA AMANHÃ

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