ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO II
PENAS E GOZOS FUTUROS
DURAÇÃO DAS PENAS FUTURAS
Trecentésima Qüinquagésima Quinta Parte.
A palavra “ETERNO” é freqüentemente empregada, na linguagem vulgar, como figura, para designar uma coisa de longa duração, e da qual não se prevê o tempo, embora se saiba muito bem que esse termo existe.
Dizemos, por exemplo, os gelos eternos das altas montanhas, dos pólos, embora saibamos de um lado que o mundo físico pode ter um fim, e, de outra parte, que o estado dessas regiões pode mudar pelo deslocamento natural do eixo ou por um cataclismo. A palavra eterna, nesse caso, não quer, pois, dizer perpétuo até o infinito. Quando sofremos de uma longa moléstia, dizemos que o nosso mal é eterno; que há, pois, de espantar em que os Espíritos que sofrem depois de anos, séculos, de milhares de anos mesmo, o digam igualmente? Não olvidemos, sobretudo, que suas inferioridades, não lhes permitindo ver o extremo do caminho, crêem sofrer sempre, o que é para eles uma punição.
De resto, a doutrina do fogo material, das fornalhas e das torturas emprestadas ao Tártaro do paganismo, está hoje completamente abandonada pela alta teologia, e não é mais senão nas escolas que esses assustadores quadro alegóricos são ainda dados como verdades positivas, por alguns homens mais zelosos que esclarecidos, e isso erradamente, porque essas imaginações jovens, uma vez saídas do seu terror, poderão aumentar o número de incrédulos. A teologia reconhece hoje que a palavra “FOGO” é empregada figuradamente, e deve se entender como um fogo moral.
Os que seguiram como nós as peripécias da vida e dos sofrimentos de além-túmulo, nas comunicações espíritas, puderam se convencer que, por não ter coisa alguma de material, elas não são menos pungentes. Com relação mesmo à sua duração, certos teólogos começam a admitir no sentido restrito indicado acima e pensam que, com efeito, a palavra “ETERNO” pode se entender como as penas em si mesmas, como conseqüência de uma Lei imutável, e não sua aplicação a cada individuo. No dia em que a religião admitir essa interpretação, assim como algumas outras que são a conseqüência do progresso das luzes, ela reunirá as ovelhas desgarradas.
Dizemos, por exemplo, os gelos eternos das altas montanhas, dos pólos, embora saibamos de um lado que o mundo físico pode ter um fim, e, de outra parte, que o estado dessas regiões pode mudar pelo deslocamento natural do eixo ou por um cataclismo. A palavra eterna, nesse caso, não quer, pois, dizer perpétuo até o infinito. Quando sofremos de uma longa moléstia, dizemos que o nosso mal é eterno; que há, pois, de espantar em que os Espíritos que sofrem depois de anos, séculos, de milhares de anos mesmo, o digam igualmente? Não olvidemos, sobretudo, que suas inferioridades, não lhes permitindo ver o extremo do caminho, crêem sofrer sempre, o que é para eles uma punição.
De resto, a doutrina do fogo material, das fornalhas e das torturas emprestadas ao Tártaro do paganismo, está hoje completamente abandonada pela alta teologia, e não é mais senão nas escolas que esses assustadores quadro alegóricos são ainda dados como verdades positivas, por alguns homens mais zelosos que esclarecidos, e isso erradamente, porque essas imaginações jovens, uma vez saídas do seu terror, poderão aumentar o número de incrédulos. A teologia reconhece hoje que a palavra “FOGO” é empregada figuradamente, e deve se entender como um fogo moral.
Os que seguiram como nós as peripécias da vida e dos sofrimentos de além-túmulo, nas comunicações espíritas, puderam se convencer que, por não ter coisa alguma de material, elas não são menos pungentes. Com relação mesmo à sua duração, certos teólogos começam a admitir no sentido restrito indicado acima e pensam que, com efeito, a palavra “ETERNO” pode se entender como as penas em si mesmas, como conseqüência de uma Lei imutável, e não sua aplicação a cada individuo. No dia em que a religião admitir essa interpretação, assim como algumas outras que são a conseqüência do progresso das luzes, ela reunirá as ovelhas desgarradas.
CONTINUA AMANHÃ
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